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Revolução e Marxismo Cultural: Visão Histórica

"Mr. Gorbachev, open this gate. Mr. Gorbachev, tear down this wall!" Em 1989, houve um acontecimento que mudou a história recente da humanidade: a queda do muro de Berlim. O que aconteceu, na prática, foi o suposto desaparecimento do comunismo real diante daquilo que parecia uma vitória do capitalismo ou uma vitória de dois homens específicos: o então presidente dos EUA, Ronald Reagan, anticomunista ferrenho, e o papa João Paulo II, vítima do comunismo na Polônia. Dois anos antes da queda do muro de Berlim, em 1987, Ronald Reagan, diante do portão de Brandemburgo, em Berlim, falando a respeito do secretário geral do partido comunista Mikhail Gorbachev, pediu aquilo que todos os homens de boa vontade do Ocidente desejavam: "Mr. Gorbachev, open this gate. Mr. Gorbachev, tear down this wall!" [1] . Então, em 1989, diante da queda do muro, o capitalismo, os valores do ocidente e o Papa João Paulo II pareciam ter triunfado. Porém, na ocasião da vi...

Consciência do Eu: O Brasil não é mulato nem o Nordeste é Salvador; ou: o Brasil Ibérico, caboclo e indígena e a política de cotas

Rece ntemente, houve uma polêmica  em torno da escolha dos brancos Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert  como apresentadores do sorteio da Copa, deixando de lado os mulatos Camila Pitanga e Lázaro Ramos. O imbróglio revela a um só tempo a força do movimento negro e o preconceito e discriminação a que todos os cidadãos brasileiros que não são afrodescendentes podem sofrer  nesses tempos de politicamente correto e de imitação das neuras estadunidenses nesse lado de cá do hemisfério. Esta discriminação assume um aspecto ainda mais feroz porque não se restringe ao campo jurídico, não diz respeito apenas ao estabelecimento de leis que dificultam a vida de indivíduos de etnias diversas, mas porque estabelece um discurso de classificação racial alheio à realidade do país, importado dos conflitos raciais da América do Norte, e que apaga da memória oficial ou menospreza elementos cruciais da formação nacional. Um promotor, ao opinar sobre o a escolha realiza...

As duas grandes contribuições de Karl Marx

Adolfo Sashida Karl Marx formulou teorias sobre história, sociologia e economia. Foi infeliz em todas elas. Contudo, mais de um século após sua morte, seus seguidores continuam alardeando sua genialidade. Por que mesmo tendo errado tanto Marx é idolatrado? Qualquer outra pessoa que dissesse tantos absurdos dificilmente seria levada a sério. Por que isso não acontece com Marx? Meu palpite é que boa parte dos marxistas simplesmente não entendem as implicações do marxismo. As idéias de Marx levam inevitavelmente a ditadura e a perda de liberdades individuais. Mas isso não é compreendido pela maioria dos marxistas. Além disso, cabe ressaltar que as idéias de Marx geram a justificativa moral necessária aos canalhas: a imposição de injustiças, imoralidades e todo tipo de crimes no presente passam a ser justificados pela criação de um bem estar fictício no futuro. Palavras de ordem do tipo “pelo bem do povo” ou “pela sobrevivência da revolução” passam a ser usadas para ...

Uma senzala chamada Ideologia

Gravura de Johann Moritz Rugendas   Perto de minha casa mora um catador de recicláveis. Não é negro. Altivo, perambula, com seu amigo inseparável — um cão vira-latas –, pelas ruas do bairro puxando um carrinho e virando lixos à procura do que lhe sirva. Não me parece doente, tampouco desesperado. Parece o que realmente é: pobre  — alguém pouco favorecido. Não o conheço. Não sei se foi rico, se tem estudo, família; mas quando o vejo, reconheço: é pobre. Pensando nesse homem, vi com estranheza uma notícia que se espalhou de maneira epidêmica dias atrás — da militância de extrema esquerda (incluindo aquela que diz “mosquita” e desgovernou o país recentemente) aos jornais de TV em horário nobre: “Negra, pobre e da rede pública fica em 1º em curso mais concorrido da Fuvest”. Foi aprovada para o curso de Medicina da USP-Ribeirão, feito pelo qual merece os parabéns. Lendo a matéria, no entanto, descobri que a “negra-pobre” é fã de Grey’s Anatomy (série exibid...

Cinco reflexões de Bauman sobre o mundo digital

Sociólogo polonês,ex-filiado ao Partido Comunista da Polônia, falecido nesta segunda-feira, 9/1/17, era um crítico estudioso dos efeitos das redes sociais na vida cotidiana Zygmunt Bauman Conhecido pelo conceito de “modernidade liquida”, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, morto nesta segunda-feira, 9, aos 91 anos, por causas desconhecidas, é citado com frequência por profissionais de marketing e comunicação, sobretudo, quando os temas estão ligados ao comportamentos nas redes sociais e ao consumismo. Em 1990, Bauman resumiu seu conceito: “em uma vida moderna líquida não há laços permanentes, e qualquer coisa que seguramos por um tempo deve ser amarrada vagamente para que os laços possam ser desatados novamente, tão rápido e tão facilmente quanto possível, quando as circunstâncias mudarem”, afirmou. Observador dos movimentos de interação social digital, Bauman deixava claro, em suas entrevistas, o que pensava sobre a influência das redes sociais. Ve...

Professor de Economia aborda Mito da Caverna e as IFES no Brasil

Para ele, "a caverna das instituições federais de ensino superior (IFES) no Brasil é um conjunto de ideias ou pensamentos de esquerda fortemente estabelecidos"   Em novo texto, no Portal WSCOM , o professor Doutor Paulo Amilton, do Departamento de Economia da Universidade Federal da Paraíba, aborda a parábola da Caverna, de Platão. Em uma analogia, fala sobre a caverna das instituições federais de ensino superior (IFES) no Brasil. Para ele, "a caverna das instituições federais de ensino superior (IFES) no Brasil é um conjunto de ideias ou pensamentos de esquerda fortemente estabelecidos. O Brasil vive preso a um conjunto de ideias de esquerda arcaico que finge defender os mais desassistidos, mas que na verdade está defendendo os próprios interesses. Ou seja, na aparência é defensora dos pobres, mas na essência é defensora de si mesmo". Confira o texto na íntegra: O mit...

Ética e o congelamento dos embriões

Mário Saturno* Diante dos avanços da ciência na geração de vida humana, a Igreja emitiu alguns princípios éticos para que católicos e cristãos de boa fé sigam. O documento “Instrução Dignitas Personae, Sobre Algumas Questões De Bioética” estabelece qual é a dignidade de todo ser humano, da concepção à morte natural. As técnicas que realizam a procriação sem o ato conjugal não são consideradas lícitas para a geração da vida. Assim se enquadra a fecundação in vitro. E o mesmo vale para a chamada microinjecção intracitoplasmática ou Intracytoplasmic Sperm Injection (ICSI) que se tornou a técnica de maior eficácia para superar diversas formas de esterilidade masculina. Essas técnicas entregam a vida e a identidade do embrião ao poder dos médicos e instaura um domínio da técnica sobre a origem e o destino da pessoa humana, o que contraria a dignidade e a igualdade que devem ter pais e filhos. E para aumentar as chances de sucesso e para não repetir as extr...