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Mostrando postagens de dezembro, 2014

Êxodo? Deuses e Reis

Carlos Frederico Gurgel Calvet da Silveira Presidente do Centro Dom Vital Thiago Cabrera Membro do Centro Dom Vital A longa tradição de filmes bíblicos, assim como o conhecimento amplamente difundido da figura de Moisés, não permite que atribuamos as falhas de roteiro do novo filme de Ridley Scott, segundo argumento corriqueiro, à ignorância religiosa. Trata-se de algo mais: uma opção racionalista com finalidade política. Este mais, contudo, é um menos. Comecemos, pois, pelo que falta: da ambientação aos personagens principais. Vamos, pois, ao setting . Deixando de lado toda a beleza das regiões da Andaluzia, onde o filme foi rodado, o diretor opta pelo lúgubre. Acerta em escolher vielas e cubículos para construir uma atmosfera que corrobore sua linha de pensamento centrada na ideia da luta dos hebreus como luta meramente política, com táticas de guerrilha ou de terror. Portanto, a ênfase recai nas agruras físicas, no sofrimento material, no ambiente inóspito, na sujei

"In vitro veritas": a era da desencarnação

O filósofo Fabrice Hadjadj fala sobre sua conversão ao cristianismo em uma época dominada pelo niilismo e a tecnologia Roma, 21 de Novembro de 2014 ( Zenit.org ) Maria Gabriella Filippi |  "O nosso mundo está cada vez mais caracterizado pela desencarnação. Estamos na era do in vitro veritas, tanto nas telas quanto nas provetas. O pai é substituído pelo especialista (e isso acontece até mesmo aos bispos que renunciam muitas vezes a paternidade para ficarem só com a superioridade hierárquica); a mãe é gradualmente substituída pela matriz eletrônica. Vão dizer que agora um casal do mesmo sexo pode ter filhos da mesma forma que têm um homem e uma mulher. E mais, vão dizer que podem tê-los muito melhor do que um homem com uma mulher, porque estes se entregam à procriação através da escuridão arriscada de um abraço e de uma gravidez, enquanto que um casal do mesmo sexo é mais responsável, mais ético, porque recorre aos engenheiros para fabricar uma cri

Por que a esquerda odeia Chaves?

Pouquíssimos artistas conseguem ser tão amados e respeitados quanto o recém falecido Roberto Gómez Bolaños. Sua morte foi lamentada ao redor do mundo por pessoas das mais variadas idades, classes sociais e credos. A maior de suas criações foi o seriado “ El Chavo del Ocho”, “Chaves” , no Brasil. É difícil encontrar quem não tenha se rendido ao talento daquela trupe que sabia fazer rir sem apelações. Mas há quem sinta um profundo ressentimento pelo sucesso do programa. Li alguns textos críticos ao trabalho de Bolaños, a maioria de autores marxistas inconformados pela série não seguir a linha esquerdista de enxergar o mundo. Eis algumas características do programa que os esquerdistas mais fervorosos não engolem: O criador era conservador O criador da série nunca escondeu suas convicções políticas. Apoiou candidatos tidos como conservadores no México, entre eles o ex-presidente Vicente Fox, cuja eleição em 2000 tirou o poder das mãos do Partido Revolucionário Institucional a