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Mostrando postagens de março, 2017

Revolução e Marxismo Cultural: Visão Histórica

"Mr. Gorbachev, open this gate. Mr. Gorbachev, tear down this wall!" Em 1989, houve um acontecimento que mudou a história recente da humanidade: a queda do muro de Berlim. O que aconteceu, na prática, foi o suposto desaparecimento do comunismo real diante daquilo que parecia uma vitória do capitalismo ou uma vitória de dois homens específicos: o então presidente dos EUA, Ronald Reagan, anticomunista ferrenho, e o papa João Paulo II, vítima do comunismo na Polônia. Dois anos antes da queda do muro de Berlim, em 1987, Ronald Reagan, diante do portão de Brandemburgo, em Berlim, falando a respeito do secretário geral do partido comunista Mikhail Gorbachev, pediu aquilo que todos os homens de boa vontade do Ocidente desejavam: "Mr. Gorbachev, open this gate. Mr. Gorbachev, tear down this wall!" [1] . Então, em 1989, diante da queda do muro, o capitalismo, os valores do ocidente e o Papa João Paulo II pareciam ter triunfado. Porém, na ocasião da vi

Consciência do Eu: O Brasil não é mulato nem o Nordeste é Salvador; ou: o Brasil Ibérico, caboclo e indígena e a política de cotas

Rece ntemente, houve uma polêmica  em torno da escolha dos brancos Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert  como apresentadores do sorteio da Copa, deixando de lado os mulatos Camila Pitanga e Lázaro Ramos. O imbróglio revela a um só tempo a força do movimento negro e o preconceito e discriminação a que todos os cidadãos brasileiros que não são afrodescendentes podem sofrer  nesses tempos de politicamente correto e de imitação das neuras estadunidenses nesse lado de cá do hemisfério. Esta discriminação assume um aspecto ainda mais feroz porque não se restringe ao campo jurídico, não diz respeito apenas ao estabelecimento de leis que dificultam a vida de indivíduos de etnias diversas, mas porque estabelece um discurso de classificação racial alheio à realidade do país, importado dos conflitos raciais da América do Norte, e que apaga da memória oficial ou menospreza elementos cruciais da formação nacional. Um promotor, ao opinar sobre o a escolha realizada no sorteio,