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Mostrando postagens de 2012

Fernando Pessoa, a Era da Gnose, e o problema da modernidade

Escrito por Orlando Braga     A capacidade do homem comum e vulgar, em geral, de discernir o futuro mais próximo por intermédio da intuição de “probabilidades pesadas”, não existe no gnóstico devido a uma fé metastática que o possui e controla. Ao estudar os textos em prosa publicados de Fernando Pessoa — porque eu não os li, apenas: estudei-os, literalmente —, cheguei à conclusão de que não concordo com a mundividência dele em mais de 50%, embora também reconheça que ele foi mudando substancialmente de opinião à medida que avançava na idade, e não posso deixar de lhe reconhecer muita originalidade e mesmo genialidade na forma como construiu o seus raciocínios, mesmo que, a espaços, ideologicamente opostos entre si. E mesmo com a formação do partido de Hitler na década de 1920, e com a sua ascensão ao poder a partir do início da década de 1930, Fernando Pessoa — que faleceu em 1935 — não conseguiu pr

O cientista de Deus

Através de leis da física e da filosofia, pesquisador polonês mostra que deus existe e ganha um dos mais cobiçados prêmios  Representação do Big Bang, explosão cósmica que teria originado o universo. A Criação de Adão, Michelangelo (detalhe), século XVI Como um seminarista adolescente que se sente culpado quando sua mente se divide, por exemplo, entre o chamamento para o prazer da carne e a vocação para o prazer do espírito, o polonês Michael Keller se amargurava quando tentava responder à questão da origem do universo através de um ou de outro ramo de seu conhecimento – ou seja, sentia culpa. Ocorre, porém, que Keller não é um menino, mas sim um dos mais conceituados cientistas no campo da cosmologia e, igualmente, um dos mais renomados teólogos de seu país. Entre o pragmatismo científico e a devoção pela religião, ele decidiu fixar esses seus dois olhares sobre a questão da origem de todas as coisas: pôs a ciência a serviço de Deus e Deus a serviço da ciênc

Fique tranquilo, o mundo não vai acabar em 2012

    Profecias apocalípticas baseadas nos ciclos maias eram espalhadas aos quatro ventos até agora. Quem ainda era reticente em abandonar essas ideias pode respirar aliviado. Cientistas norte-americanos das universidades de Boston e do Texas, nos Estados Unidos, descobriram o mais antigo calendário astronômico maia até o momento, que data do século 9, pintado nas paredes do que parece ser um escritório de um sacerdote ou escrivão, na cidade guatemalteca de Xultún (galeria de fotos aqui ). O achado desmistifica as teses que previam o fim do mundo ao confirmar que existem, na verdade, 17 ciclos (baktun, no idioma maia), ao invés de 13, como se pensava até então. “Isso significa que o calendário maia continuará com seus ciclos por mais alguns milhões de anos”, disse o arqueólogo David Stuart, da Universidade do Texas. Então, não, ele não acaba em 2010. E, portanto, o fim do mundo ainda parece estar um pouquinho longe. Por q

Medicina está sendo reduzida às questões econômicas

Medicina está sendo reduzida às questões econômicas Redação do Diário da Saúde Fornecedores e clientes Em uma denúncia contundente e alarmante, dois médicos britânicos alertam que a Medicina está sendo reduzida às questões econômicas. Os médicos, que antes precisavam aprender apenas a linguagem médica, agora devem também lidar com um mundo da saúde que transformou hospitais em fábricas e consultas médicas em transações econômicas. "Os pacientes não são mais pacientes, são 'consumidores' ou 'clientes'. Os médicos e enfermeiros foram transformados em 'fornecedores'," afirmam Pamela Hartzband e Jerome Groopman em um artigo no conceituado New England Journal of Medicine . Soluções de prateleira Segundo os estudiosos, as reformas dos sistemas de saúde que estão ocorrendo no mundo todo estão permitindo que economistas e políticos estabeleçam que os cuidados aos pacientes devam ser "industrializados e padronizados". "O

O MARTÍRIO de TIRADENTES: uma FARSA CRIADA por LÍDERES da INCONFIDÊNCIA MINEIRA

  Mito ou verdade? (publicado num grupo de discussões)     Guilhobel Aurélio Camargo   Ele estava muito bem vivo, um ano depois, em Paris. O feriado de 21 de abril é fruto de uma história fabricada que criou Tiradentes como bode expiatório, que levaria a culpa pelo movimento da Inconfidência Mineira. Quem morreu no lugar dele foi um ladrão chamado Isidro Gouveia. A mentira que criou o feriado de 21 de abril é : Tiradentes foi sentenciado à morte e foi enforcado no dia 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro, no local chamado Campo da Lampadosa, que hoje é conhecido como a Praça Tiradentes. Com a Proclamação da República, precisava ser criada uma nova identidade nacional. Pensou-se em eternizar Marechal Deodoro, mas o escolhido foi Tiradentes. Ele era de Minas Gerais, estado que tinha na época a maior força republicana e era um polo comercial muito forte. Jogaram ao povo uma imagem de Tiradentes parecida com a de Cristo e era o que bastava : um “Cristo da M

Doutor é quem fez Doutorado

Por Marco Antônio Ribeiro Tura * No momento em que nós do Ministério Público da União nos preparamos para atuar contra diversas instituições de ensino superior por conta do número mínimo de mestres e doutores, eis que surge (das cinzas) a velha arenga de que o formado em Direito é Doutor. A história, que, como boa mentira, muda a todo instante seus elementos, volta à moda. Agora não como resultado de ato de Dona Maria, a Pia, mas como consequência do decreto de D. Pedro I. Fui advogado durante muitos anos antes de ingressar no Ministério Público. Há quase vinte anos sou Professor de Direito. E desde sempre vejo “docentes” e “profissionais” venderem essa balela para os pobres coitados dos alunos. Quando coordenador de Curso tive o desprazer de chamar a atenção de (in) docentes que mentiam aos alunos dessa maneira. Eu lhes disse, inclusive, que, em vez de espalharem mentiras ouvidas de outros, melhor seria ensinarem seus alunos a escreverem, mas que ess

Método Paulo Freire ou Método Laubach?

David Gueiros Vieira    Mais do que uma mera ferramenta de manipulação comunista disfarçada de pedagogia, o “método Paulo Freire de alfabetização”, é também um plágio vergonhoso. Comentário de Klauber Cristofen Pires: Nesta semana está sendo realizada em Brasília a 1ª Bienal do Livro. Longe de ser um inocente evento literário, é totalmente temático em favor da ideologia marxista (leia o artigo A Bienal Socialista de Brasília ), e ali está sendo apresentada a Exposição "Sonhando com Paulo Freire, a educação que queremos", na Biblioteca Nacional de Brasília . Para o enriquecimento do evento, lembrei-me deste artigo do historiador David Gueiros Vieira, publicado originalmente no Mídia sem Máscara, em 9 de março de 2004 , intitulado “Método Paulo Freire ou Método Laubach?”, e que vale muito a pena ser relido, especialmente pelos pedagogos e estudantes de hoje . O Método Laubach de alfabetização de adultos foi

Você conhece Angela Zhang?

By Una Voce Brasil     Há um pequeno texto popular, que se tornou até mesmo “cartoon” nas redes sociais pró-vida, que é atribuída à Madre Teresa de Calcutá. Nela, se pergunta a Deus onde estão os grandes gênios que iriam livrar o mundo das guerras, da fome, da AIDS e do câncer, ao que Deus mesmo responde: Eu enviei, mas vocês abortaram todos. Tal historinha dificilmente pode ter se originado em Madre Teresa, mas conquistou sua fama na rede. Mas o verdadeiro autor não é importante.   Angela Zhang (17) é uma típica adolescente norte-americana. De Cupertino, uma cidade no estado da California, Angela vai ao colégio, tem amigas, vida social, está aprendendo a dirigir, etc. Contudo, o que nos move na história de Angela – e principalmente o que a conecta ao movimento pró-vida – é o seu contexto. Angela é filha de imigrantes chineses. Na China, como é conhecido, o aborto tornou-se prática corriqueira graças

Peluso: “Falar-se em morte inevitável e certa chega a ser pleonástico, pois ela o é para todos.”

  “A vida é um fato objetivo aferível num dado momento do tempo. Não se concebe que só por critérios de prognóstico de sua viabilidade ou medida de continuidade se lhe imponha termo antecipado. O tempo de vida pode, sob tal avaliação, ser reduzido, também, noutras muitas  hipóteses, como, por exemplo, a de doenças fatais incuráveis que não autorizam de modo algum a chamada antecipação terapêutica da morte (…). A dignidade fundamental da vida humana (…) não tolera, em suma, barateamento de sua respeitabilidade e tutela jurídico-constitucional, sobretudo debaixo do pretexto de que deformidade orgânica severa e irrremissibilidade de moléstia letal ou grave disfunção psíquica possam causar sofrimento ou embaraço a outro ser humano. Independentemente das características que assuma, na concreta e singular organização de sua unidade psicossomática, a vida vale por si mesma, mais do que qualquer bem humano supremo, como suporte e pressuposição de todos os demais bens materiais e

Santa Missa de Páscoa na UFRJ

Jovens na universidade

D. Walmor Oliveira de Azevedo Os jovens na universidade, bem como em outras instituições e realidades, configuram um tema de alta relevância para governos, instituições outras, famílias e Igreja Católica. Essa importância se consolida ao se considerar os números, em que pese o desafio de milhares e milhares de outros jovens que estão fora deste lugar, direito seu, particularmente aqueles em situação de risco social e humanitário. O censo de educação superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) - Ministério da Educação (MEC), de 2009, contabilizou um número de quase seis milhões de jovens que frequentam a graduação nas instituições de ensino superior no Brasil. Neste número estão os 522.462 graduandos em Minas Gerais. A educação católica cuida de 65.167 dos 246.722 estudantes nas várias instituições de ensino superior católicas de norte a sul, leste a oeste do País. Um serviço educativo e formativo capitaneado pela Associação Nacional de Educação Católi

A Questão dos Crucifixos em espaços públicos

Explanação sobre a questão dos símbolos religiosos como elemento histórico-nacional por Joseph Weiler - Doutor Honoris Causa pela Universidade de Navarra (Espanha)