Há um pequeno texto popular, que se tornou até mesmo “cartoon” nas redes sociais pró-vida, que é atribuída à Madre Teresa de Calcutá. Nela, se pergunta a Deus onde estão os grandes gênios que iriam livrar o mundo das guerras, da fome, da AIDS e do câncer, ao que Deus mesmo responde: Eu enviei, mas vocês abortaram todos.
Tal historinha dificilmente pode ter se originado em Madre Teresa, mas conquistou sua fama na rede. Mas o verdadeiro autor não é importante.
Angela Zhang (17) é uma típica adolescente norte-americana. De Cupertino, uma cidade no estado da California, Angela vai ao colégio, tem amigas, vida social, está aprendendo a dirigir, etc. Contudo, o que nos move na história de Angela – e principalmente o que a conecta ao movimento pró-vida – é o seu contexto.
Angela é filha de imigrantes chineses. Na China, como é conhecido, o aborto tornou-se prática corriqueira graças à política nacional de um filho por casal. Neste país, dominado pela cultura da morte em todos os sentidos, os bebês do sexo feminino são descartados ainda no útero, porque segundo a doutrina confucionista, é o filho varão quem cuidará dos pais na velhice, tendo a filha nenhuma obrigação com sua família biológica após o casamento [ela se torna parte da família do marido]. Num país onde o seguro social, a aposentadoria e pensões não existem e onde é possível ter apenas um único filho, o menino é privilegiado em detrimento das meninas.
Então, se os pais de Angela continuassem vivendo no seu país natal, o destino da garota seria certamente o mesmo de tantas outras – o aborto. Contudo, Angela sobreviveu.
[Ela] conseguiu desenvolver uma nanopartícula que pode ser enviada ao centro do tumor através de uma droga à base de salinomicina, também usada para combater o câncer. A substância “procura” pelos tumores e, por esta razão, é um ótimo meio para transportar a nanopartícula. Uma vez que atinge seu alvo, ela mata as células-tronco do câncer de fora para dentro.
Além disso, a jovem-prodígio ainda incluiu ouro e óxido de ferro à sua nanopartícula, que permitem a monitoração do tratamento por exames de imagem, como ressonância magnética e varredura foto-acústica – uma espécie de ultrassonografia.
Zhang passou mais de mil horas nos dois últimos anos – ou seja, desde que tinha 15 anos – na pesquisa para seu projeto, em um programa de desenvolvimento de estudantes do ensino médio da Universidade de Stanford (Estados Unidos), e já tem planos para o futuro: deseja ser pesquisadora, mas ainda não definiu ao certo qual carreira irá seguir. Contudo, engenharia química, engenharia biomédica ou física estão na lista das opções de Angela. A adolescente de 17 anos, que é uma estudante secundarista, afirma que ficou surpresa com a taxa de sobrevivência de pacientes submetidos ao tratamento contra o câncer atual. Por isso, decidiu pesquisar e criar um tratamento mais eficaz e menos categórico da doença.
Vale lembrar que esse não é o primeiro prêmio da adolescente. Anteriormente, a jovem já havia faturado o primeiro prêmio da Intel International Science & Engineering Fair (ISEF), em 2010 e 2011, ambos na área de medicina e tecnologia da saúde.
Para a maioria dos adolescentes (e adultos) ordinários, o trabalho de Angela é colossal, especialmente considerando sua pouca idade. Para os grandes cientistas e pesquisadores da atualidade Angela é simplesmente genial.
Entenderam o que é o aborto? Entenderam o que ele faz? Angela seria sumária e completamente descartada se estivesse em solo chinês. Por isso o aborto é uma tragédia em absolutamente todos os sentidos – para a vida humana, para a santidade e dignidade da vida e também para o progresso da humanidade.
Angela nos mostra a catástrofe do aborto num plano totalmente novo e ainda inexplorado pelos ativistas pró-vida.
Angela Zhang é uma adolescente excepcional certamente. Contudo, o verdadeiro valor da sua pesquisa não vem do fato dela ter 17 anos e ser muito avançada em ciências. O seu valor vem da sua vida! Vida esta que, por algum desígnio de Deus, foi poupada das mãos do governo chinês e que agora se mostra excepcional em todos os sentidos!
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