Redação do Diário da Saúde
A pedagogia casada com a tecnologia é outro tema que disparou no interesse dos psicólogos.[Imagem: Newcastle University] |
Há muito tempo o consenso geral da punição na educação - que vigorou
por séculos - mudou para um enfoque mais construtivo, com a punição
sendo substituída pela orientação e pelo incentivo.
Contudo, de forma um tanto surpreendente, cientistas agora concluíram
que as punições parecem ser mais eficazes em influenciar o
comportamento do que as recompensas ou promessas de recompensas.
O estudo constatou que as perdas - ou punições - têm um impacto de duas a três vezes maior do que os ganhos - ou recompensas.
Recompensas e punições
O experimento envolveu um grupo de estudos, no qual os alunos ouviam
uma série de estalidos ou luzes piscando, devendo indicar se teriam
ouvido mais cliques na orelha esquerda ou direita, ou se as piscadas
vinham de um ou outro lado.
Cada vez que um aluno fazia uma escolha, os pesquisadores
apresentavam um valor aleatório, que podia ser de 5, 10, 15, 20 ou 25
centavos - o valor podia representar a recompensa por uma resposta
correta, ou uma multa por uma resposta incorreta.
"Objetivamente, você pensaria que ganhar 25 centavos teria um efeito
da mesma magnitude que a perda de 25 centavos, mas não foi isso o que
encontramos," disse o professor Jan Kubanek, da Universidade de
Washington (EUA).
Multa versus prêmio
De fato, quando os alunos pagavam uma multa, eles se tornavam muito
mais atentos, reduzindo significativamente a chance de darem respostas
incorretas a seguir. Ganhar um prêmio não alterou a chance de erro
subsequente.
"A questão de como recompensas e punições influenciam o comportamento
tem ocupado os psicólogos há mais de 100 anos," comentou Richard
Abrams, coautor do estudo. "A dificuldade tem sido a elaboração de
tarefas eficazes para investigar essa questão. Usamos uma abordagem
simples que revela diferenças dramáticas na maneira como as pessoas
respondem a diferentes tipos de feedback."
Punições guiam comportamento melhor que recompensas
Comentários
Postar um comentário