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Santa Inquisição, a história mal contada








Infelizmente a ignorância chegou nos mais
altos graus da história em muitos professores. A Santa Igreja é acusada
por “crimes” fantasiosos, que pelos quais, jamais existiram na Idade
Média; entre eles, uma falsa visão da “inquisição”. Para os
fundamentalistas, e para as pessoas de bom grado que queiram saber a
verdadeira história, irei lhes contar.
Durante largos tempos, houveram vários tribunais da inquisição, a
primeira foi fundada em 1184 no sul da França como resposta à heresia
Catarista. “Os albigenses eram maniqueístas e gnósticos, pois afirmavam a
existência de dois princípios opostos: o do Bem e o do Mal. Portanto,
eles atribuíam entidade ao Mal. Consideravam que o mal tinha existência
ontológica. E isto é o que os tornava maniqueus. Apesar disso, afirmavam
ser os verdadeiros e bons cristãos. Dai serem seita cristã e
maniquéia.” (Orlando Fedeli, professor de caráter em estudos da
Catolicidade)


O segundo tribunal da inquisição foi a Romana, essa na Itália. Esta,
julgava heresias, bruxaria, feitiçaria, a imoralidade, blasfêmia,
judaizantes. Todas estas doutrinas eram e é contra a doutrina da Igreja.
Foi a menas ativa e mais benigna das outras que veremos.


Novamente separada foi o infame Inquisição espanhola, iniciada em
1478, uma instituição estatal utilizado para identificar
 conversos-Judeus e mouros (muçulmanos) que fingiam se converter ao
cristianismo, para fins de vantagem política ou social e, secretamente,
praticavam a sua antiga religião. Mais importante ainda, o seu trabalho
foi também para limpar os bons nomes de muitas pessoas que foram
falsamente acusados ​​de serem hereges. Era a Inquisição espanhola que,
pelo menos na imaginação popular, teve o pior recorde de cumprir esses
deveres.


Todas as inquisições foram de caráter estatal, ou seja, de
responsabilidade do estado, e não da Igreja com muitos doutos doutores
afirmam. A função da Igreja nestes tribunais, era antes de mais nada
salvar o acusado de heresia e não condená-lo.


Um grande historiador, Rino Camilleri, especialista no assunto,
afirma no livro La Vera Storia dell Inquisizione de Rino Camilleri (Ed
Piemme, Casale Monferrato, 2.001) a seguinte sentença:


“Em 50.000 processos levados a efeito pela
inquisição apenas uma ínfima parte levaram à condenação à morte, e
dessas só uma pequeníssima minoria conduziu efetivamente a execuções”
(Cfr. op. cit , p. 17)
“… em um século, houve apenas 1% de
sentenças à morte (Cfr. Op cit. p. 36). Outro autor dá o número total de
condenações à morte em Toulouse, durante 100 anos: 42 sentenças”
O Papa Alexandre III escreveu: “Mais vale absolver culpados do que,
por excessiva severidade, atacar a vida de inocentes… A mansidão mais
convém aos homens da Igreja do que a dureza”.


H. C. Lea, historiador de grande prestígio no assunto, diz que mais
de 47 bulas papais, a Santa Sé insiste na jurisprudência que se deve
observar nos tribunais.  “A Santa Inquisição confessa que os processos
são longos para serem instruídos regularmente; ela censura os juizes
pelas vexações, encarceramentos injustos, torturas. Muitos têm-se
mostrado demasiado cruéis encarcerando pela mínima suspeita e têm
aplicado a tortura apesar do malefício não ter sido provado” ( Hansen,
Zauberwahn…, op. cit., pp. 24s).


“Foram numerosos os cânones dos concílios que, excomungando os
hereges e proibindo os cristãos de lhes darem asilo, não admitiam que se
utilizassem contra eles a pena de morte. Deviam bastar as penas
espirituais ou, quando muito, as penas temporais moderadas.”
(Daniel-Rops, História da Igreja de Cristo, vol. III, A Igreja das
Catedrais e das “Cruzadas”, Quadrante, pp. 605-606).


A Igreja não teme a verdade. Na Igreja, também contém em si todos os
tipos de pecadores e valetes, e alguns deles possuem posições de
responsabilidade. Paulo e o próprio Cristo nos avisou que haveria alguns
lobos devoradores entre os líderes da Igreja (Atos XX, 29;. Matt VII,
15).


Pensando que os fundamentalistas podem ter um ponto em seus ataques
sobre a Inquisição, os católicos tendem a ficar na defensiva. Esta é a
atitude errada; pelo contrário, devemos saber o que realmente aconteceu,
entender os acontecimentos à luz da verdade, e, em seguida, explicar
aos anti-católicos o conto fantasioso.


Muitos ignorantes acreditam que morreram mais pessoas na inquisição
do que em guerras ou pestes, totalmente tolice pensar dessa forma, haja
vista que muitos historiadores desmentem tal rebeldia. Em menos de cinco
anos (1347 – 1351), mais de 75 a 200 milhões de pessoas morreram de
peste negra. Na Segunda Guerra Mundial, mais de 8 – 10 milhões de
pessoas morreram e 20 milhões ficaram feridas. E durante 100 anos,
somente 42 sentenças na Inquisição. As Inquisições não existiam na
Europa do Norte, Europa Oriental, Escandinávia, ou na Inglaterra, sendo
confinada principalmente ao sul da França, Itália, Espanha, e algumas
partes do Sacro Império Romano. A Inquisição não poderia ter matado
muitas pessoas porque nessas partes da Europa não têm muitas pessoas
para matar!


Escritores ignorantes afirmam a existência da Inquisição da Igreja
Católica que não poderia ser a Igreja fundada por Nosso Senhor. Eles
usam a Inquisição como um exemplo bom, talvez seu melhor-ruim. Eles
acham que isso mostra que a Igreja Católica é ilegítimo. À primeira
vista, pode parecer que sim, mas só alguns quilômetros em uma manobra
como essa; a maioria das pessoas vê uma vez que esse argumento é fraco.
Uns dos motivos fundamentalistas para falar sobre a Inquisição é que
eles tomam isso como um ataque pessoal, imaginando que foi criado para
eliminar os próprios fundamentalistas.


Se seu professor insistir no assunto, diga a ele para lhe contar a
barbárie das guerras que mataram padres, freiras, monges, católicos etc,
tais como a Guerra Cristera, Guerra Civil Espanhola, Guerra Soviética,
poderia eu acabar o espaço deste post com guerras, porém irei me
limitar.




Igor Lima


fonte:

Santa Inquisição, a história mal contada | Sancta Ecclesia Catholicam

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