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Placa de 700 a.C. traz relato de 'destruição de Sodoma'



Atualizado às: 31 de março, 2008 - 13h55 GMT (10h55 Brasília)
 
 
Placa de 700 a.C. traz relato de 'destruição de Sodoma'

 


Planisfério. Cortesia: Bristol University.
O objeto teria o relato de uma testemunha sobre a explosão.
Cientistas
britânicos conseguiram decifrar as inscrições cuneiformes de um bloco
de argila datado de 700 a.C. e descobriram
que se trata do testemunho feito por um astrônomo
sumério sobre a passagem de um asteróide - que pode ter causado a
destruição
das cidades de Sodoma a e Gomorra.
 
Conhecido como "Planisfério", o bloco foi descoberto por Henry Layard em meados do século 19 e permanecia como um mistério
para os acadêmicos.
O objeto traz a reprodução de anotações feitas pelo astrônomo há milhares de anos.
Utilizando técnicas computadorizadas que simulam a
trajetória de objetos celestes e reconstroem o céu observado há milhares
de anos, os pesquisadores Alan Bond, da empresa
Reaction Engines e Mark Hempsell, da Universidade de Bristol,
descobriram
que os eventos descritos pelo astrônomo são da noite
do dia 29 de junho de 3123 a.C. (calendário juliano).
Segundo os pesquisadores, metade do bloco traz informações sobre a posição dos planetas e das nuvens e a outra metade é uma
observação sobre a trajetória do asteróide de mais de um quilômetro de diâmetro.
Impacto
De acordo com Mark Hempsell, pelo
tamanho e pela rota do objeto, é possível que este se tratasse de um
asteróide que teria
se chocado contra os Alpes austríacos, na região de
Köfels, onde há indícios de um deslizamento de terra grande.
O asteróide não deixou cratera que
pudesse evidenciar uma explosão. Isso se explica, segundo os
especialistas, porque o asteróide
teria voado próximo ao chão, deixando um rastro de
destruição por conta de ondas supersônicas, e se chocado contra a Terra
em um impacto cataclísmico.
Segundo os pesquisadores, o rastro do asteróide teria causado uma bola de fogo com temperaturas de até 400ºC e teria devastado
uma área de aproximadamente 1 milhão de quilômetros quadrados.
Hempsell afirma que a escala da
devastação se assemelha à descrição da destruição de Sodoma e Gomorra,
presente no Velho Testamento,
e de outras catástrofes mencionadas em mitos antigos.

O pesquisador sugere ainda que a
nuvem de fumaça causada pela explosão do asteróide teria atingido o
Sinai, algumas regiões
do Oriente Médio e o norte do Egito. Hempsell afirma
que mais pessoas teriam morrido por conta da fumaça do que pelo impacto
da explosão nos Alpes.
Segundo a Bíblia, Sodoma e Gomorra foram destruídas por Deus como resposta a atos imorais praticados nas cidades. Acredita-se
que elas eram localizadas onde hoje fica o Mar Morto.




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