
Prazo palpáveis: pensar no futuro usando métricas mais, digamos,
sensíveis provou ser de grande ajuda para torná-lo um foco de atenção já
sensíveis provou ser de grande ajuda para torná-lo um foco de atenção já
É segunda-feira e a sua lista de tarefas para a semana já está bem
robusta, com algumas coisas mais complexas que vão exigir um trabalho
considerável. Mas calma aê, né? Você ainda está se recuperando da
melancolia de domingo e tem vários dias pela frente para resolver tudo.
O seu eu do futuro vai certamente lidar com tudo muito melhor. Chega a
noite de quinta-feira e você não fez nem um terço do que precisava
fazer. Mas poxa, você trabalhou a semana inteira (enquanto não estava no
Facebook), está cansado e merece um pouquinho de diversão também. Não
tem problema ver uns episodiozinhos de uma série no Netflix e deixar o seu eu do futuro fazer o trabalho depois – ele vai produzir bem mais estando relaxado.
Se você é do time dos procrastinadores, esse tipo de pensamento deve ter
morada certa na sua cabeça. E é justamente esse, meu caro, o porquê de
você não conseguir sair dessa vida. “As pessoas assumem que devem dar
conta do presente e que seu eu do futuro pode lidar com o que está por
vir.
Esta regra aparentemente plausível pode desviar as pessoas, em parte
porque alguns eventos futuros exigem ação atual”, explica Daphna
Oyserman, professora de Psicologia e pesquisadora da Universidade do Sul
da Califórnia (University of Southern California, ou USC).
Segundo ela, para que o futuro possa motivar a ação atual, ele deve
parecer iminente. E isso pode acontecer com um truque simples: se
pensarmos no futuro como o agora, alterando as métricas que usamos para
medir o tempo.
Em uma série de experimentos, Oyserman e o co-autor Neil Lewis Jr., da
Universidade de Michigan, descobriram que os participantes viam o futuro
como sendo muito mais próximo quando calculavam suas metas e prazos em
unidades de dias em vez de meses ou anos – e, assim, sentiam-se mais
motivados para realizar seus objetivos.
No primeiro teste, 162 participantes foram convidados a imaginar a
preparação para eventos futuros, como um casamento ou uma apresentação
do trabalho, e em seguida foram perguntados sobre quando o tal evento
iria ocorrer.
Mas eles foram aleatoriamente designados para pensar em termos de dias,
meses ou anos. Resultado: aqueles que contavam o tempo usando dias
informaram que o evento iria ocorrer, em média, 29,6 dias mais cedo do
que aqueles que pensavam no evento como estando a meses de distância.
Uma segunda série de estudos explorou se essa noção de tempo afeta
planos para começar a poupança de longo prazo. Mais de 1.100 voluntários
foram perguntados sobre quando iriam começar a poupar dinheiro para a
faculdade ou aposentadoria, e descobriu-se que planejavam começar a
poupar quatro vezes mais cedo aqueles que pensavam no evento em termos
de dias em vez de anos.
E não era só sobre o dinheiro: eles se sentiam mais ligados ao seu eu
futuro e estavam mais dispostos a deixar de lado os gastos com
recompensas atuais.
O fato é que, como apontam os pesquisadores – e nós bem sabemos –,
tempo, recursos e atenção são limitados. Sendo assim, nós os alocamos
para os eventos que são urgentes – aqueles que devem acontecer em
questão de dias (ou horas, se você for procrastinador nível hard) e
deixamos de lado aqueles que acontecerão meses ou anos mais tarde.
Isso é natural; o problema é que estamos sempre sendo pressionados por
necessidades urgentes e é muito difícil conseguir parar para se dedicar a
planos que estão mais lá para a frente – e, quando eles chegam, já
estamos super atrasados.
Pensar no futuro usando métricas mais, digamos, sensíveis (meses em vez
de anos, dias em vez de meses e horas em vez de dias, por exemplo),
provou ser de grande ajuda para torná-lo um foco de atenção já. E isso é
importante não só porque cria a impressão de urgência maior, mas
porque, como diz o estudo, “dá a sensação de que o futuro e o presente
estão conectados e, portanto, são harmônicos em vez de conflitantes”.
Bora tentar?
O estudo foi publicado na revista Psychological Science.
robusta, com algumas coisas mais complexas que vão exigir um trabalho
considerável. Mas calma aê, né? Você ainda está se recuperando da
melancolia de domingo e tem vários dias pela frente para resolver tudo.
O seu eu do futuro vai certamente lidar com tudo muito melhor. Chega a
noite de quinta-feira e você não fez nem um terço do que precisava
fazer. Mas poxa, você trabalhou a semana inteira (enquanto não estava no
Facebook), está cansado e merece um pouquinho de diversão também. Não
tem problema ver uns episodiozinhos de uma série no Netflix e deixar o seu eu do futuro fazer o trabalho depois – ele vai produzir bem mais estando relaxado.
Se você é do time dos procrastinadores, esse tipo de pensamento deve ter
morada certa na sua cabeça. E é justamente esse, meu caro, o porquê de
você não conseguir sair dessa vida. “As pessoas assumem que devem dar
conta do presente e que seu eu do futuro pode lidar com o que está por
vir.
Esta regra aparentemente plausível pode desviar as pessoas, em parte
porque alguns eventos futuros exigem ação atual”, explica Daphna
Oyserman, professora de Psicologia e pesquisadora da Universidade do Sul
da Califórnia (University of Southern California, ou USC).
Segundo ela, para que o futuro possa motivar a ação atual, ele deve
parecer iminente. E isso pode acontecer com um truque simples: se
pensarmos no futuro como o agora, alterando as métricas que usamos para
medir o tempo.
Em uma série de experimentos, Oyserman e o co-autor Neil Lewis Jr., da
Universidade de Michigan, descobriram que os participantes viam o futuro
como sendo muito mais próximo quando calculavam suas metas e prazos em
unidades de dias em vez de meses ou anos – e, assim, sentiam-se mais
motivados para realizar seus objetivos.
No primeiro teste, 162 participantes foram convidados a imaginar a
preparação para eventos futuros, como um casamento ou uma apresentação
do trabalho, e em seguida foram perguntados sobre quando o tal evento
iria ocorrer.
Mas eles foram aleatoriamente designados para pensar em termos de dias,
meses ou anos. Resultado: aqueles que contavam o tempo usando dias
informaram que o evento iria ocorrer, em média, 29,6 dias mais cedo do
que aqueles que pensavam no evento como estando a meses de distância.
Uma segunda série de estudos explorou se essa noção de tempo afeta
planos para começar a poupança de longo prazo. Mais de 1.100 voluntários
foram perguntados sobre quando iriam começar a poupar dinheiro para a
faculdade ou aposentadoria, e descobriu-se que planejavam começar a
poupar quatro vezes mais cedo aqueles que pensavam no evento em termos
de dias em vez de anos.
E não era só sobre o dinheiro: eles se sentiam mais ligados ao seu eu
futuro e estavam mais dispostos a deixar de lado os gastos com
recompensas atuais.
O fato é que, como apontam os pesquisadores – e nós bem sabemos –,
tempo, recursos e atenção são limitados. Sendo assim, nós os alocamos
para os eventos que são urgentes – aqueles que devem acontecer em
questão de dias (ou horas, se você for procrastinador nível hard) e
deixamos de lado aqueles que acontecerão meses ou anos mais tarde.
Isso é natural; o problema é que estamos sempre sendo pressionados por
necessidades urgentes e é muito difícil conseguir parar para se dedicar a
planos que estão mais lá para a frente – e, quando eles chegam, já
estamos super atrasados.
Pensar no futuro usando métricas mais, digamos, sensíveis (meses em vez
de anos, dias em vez de meses e horas em vez de dias, por exemplo),
provou ser de grande ajuda para torná-lo um foco de atenção já. E isso é
importante não só porque cria a impressão de urgência maior, mas
porque, como diz o estudo, “dá a sensação de que o futuro e o presente
estão conectados e, portanto, são harmônicos em vez de conflitantes”.
Bora tentar?
O estudo foi publicado na revista Psychological Science.
fonte: Estudo descobre truque para combater a procrastinação | EXAME.com
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