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A
Planned Parenthood é uma instituição surgida nos Estados Unidos no ano
de 1916 pela ativista do controle de natalidade Margaret Sanger. A
instituição surgiu com o intuito de realizar o controle populacional nos
Estados Unidos, principalmente da população negra do país, a partir da
criação de uma clínica de abortos no barro do Harlem, na cidade de Nova
Iorque, marcado pela população afrodescendente.
Sanger fazia parte do partido local “New York Socialists” por
influência de seu primeiro marido, William Sanger. A ativista era
simpática ao ideário da Ku Klux Klan, instituição americana que surgiu
no pós-guerra de secessão (1861-1865) na região sul dos Estados Unidos,
que prega o extermínio da população negra, a ponto de Margaret Sanger
realizar uma palestra para membros da instituição no ano de 1926, em New
Jersey. O método pregado pela americana era inspirado no infanticídio
feminino realizado em países asiáticos, método assimilado por Sanger ao
conhecer Shidzue Kato (1897-2001), militante japonesa pelo controle
populacional que foi deputada no parlamento japonês pelo Partido
Socialista Japonês.
Margaret Sanger argumentava que os abortos deveriam ser feitos, pois
deveria ser respeitado o direito de liberdade feminina, e que a mulher
deveria prevenir a concepção caso não pudesse dar as melhores condições
de afeto ao filho. Parece lindo o discurso de Sanger, como o de todos os
defensores do socialismo, mas não é. Esse discurso não é nada mais que o
discurso eugenista, teoria social que busca impedir a miscigenação,
buscando uma “melhora qualitativa” na vida da população mundial, para
alcançar uma “pureza racial”. O mesmo ideário de Adolf Hitler, ditador
nazista que governou a Alemanha durante 1933 e 1945.
A Planned Parenthood surge no momento em que a teoria da eugenia
negativa tinha o seu apogeu, com o milionário do ramo do petróleo e
fundador da Standard Oil John Rockfeller financiando estudos de eugenia
nas principais universidades norte-americanas e Charles Davenport
criando o Eugenics Record Office em 1909. E a Planned Parenthood também
recebeu – e ainda recebe – grandes quantias da família Rockfeller. E a
instituição também é conhecida pelo apoio histórico ao Partido
Democrata, a ponto de comerciais da Planned Parenthood em 2012 fazerem
uma campanha antirrepublicana, atacando o então candidato Mitt Romney e declarando apoio ao candidato à reeleição pelos democratas, Barack Obama. As
clínicas da instituição majoritariamente localizam-se em bairros
pobres, indicando o propósito da PP, como a ONG também é conhecida:
exterminar a população negra e pobre dos Estados Unidos, usando a
máscara da paternidade planejada para agir com o seu eugenismo.
No livro “Plano Para a Paz”, publicado em 1932, Margaret Sanger
despeja todo o seu preconceito e propõe que o governo americano criasse
um departamento para, segundo ela proteger os Estados Unidos da
imigração de certos estrangeiros cuja condição seja reconhecidamente
prejudicial à força da raça, tais como retardados mentais e disléxicos,
idiotas, lentos, loucos, portadores de sífilis, epiléticos, criminosos,
prostitutas profissionais e outros nesta classe barrados pela lei de
imigração de 1924. E Sanger ainda propõe no livro que se aplique uma
estrita e rígida política de esterilização e segregação àquele grau da
população cuja prole já seja manchada por algum defeito ou cujas
características genéticas passadas de pai para filho sejam tais que
traços censuráveis possam ser transmitidos aos descendentes. E por sua
ligação com a Ku Klux Klan, dava-se para imaginar quem eram os alvos
dessa política.
A organização tem um histórico de polêmicas desde a sua fundação como, por exemplo, o acontecimento de abortos seletivos em clínicas da Planned Parenthood em caso do feto ser do sexo feminino; o “apoio” a garotas de programa estrangeiras e menores de idade;
o lobby feito a Casa Branca, deputados e senadores desde a eleição de
Obama em 2008, que contou com a volta do financiamento do Departamento
de Saúde Federal dos Estados Unidos aà instituição – George W. Bush
retirou o financiamento público que a PP recebia do Governo Federal
americano entre 2000 e 2008 – e o caso mais recente e mais estarrecedor:
a venda de tecidos humanos de fetos abortados, descoberto recentemente.
Em três vídeos gravados pela ONG pró-vida Life Action e pelo Centro
de Progresso Médico dos Estados Unidos, é mostrada a crueldade das ações
da PP: no primeiro, dois atores contratados pelas duas ONGs conversam
com a diretora executiva da Planned Parenthood, Dra. Deborah Nucatola
sobre a venda de tecidos de fetos abortados, e a médica assegura na
gravação que ”nós (a PP) somos muito bons em conseguir corações,
pulmões e fígados (órgãos mais solicitados) porque sabemos como
fazê-lo: se eu não quiser esmagar essa parte, eu vou esmagar mais
embaixo ou em cima e ver se eu posso obter tudo intacto” (Veja o vídeo aqui); na segunda gravação, a Dra. Savita Gande, responsável pela clínica da Planned Parenthood em Denver, afirma, no departamento de patologia
para onde os corpos de bebês são trazidos após o aborto, que o
pagamento por órgão removido será o mais benéfico para a Planned
Parenthood: Gande afirma no vídeo que “eu acho que uma coisa por item
funciona um pouco melhor, já que assim podemos ver o quanto podemos
lucrar com isso.” (Veja o vídeo aqui);
e na terceira gravação, a Dra. Katherine Sheehan, diretora médica
emérita da instituição do Sudoeste do Pacífico, no estado de San Diego,
descreve o relacionamento de longa data de sua unidade da PP com a
Advanced Bioscience Resources, uma empresa intermediária que fornece
órgãos de bebês abortados desde 1989. Sheehan afirma que “nós (a Planned
Parenthood) os estamos usando por mais de 10 anos, realmente um longo
tempo, você sabe, e acabamos de fazer uma espécie de renegociação do
contrato. Eles estão fazendo as grandes coletas em nível de governo e
coisas do tipo.”.
David Aleiden, líder de projeto do Centro para o Progresso Médico, que divulgou os três vídeos, disse ao site LifeNews.com:
“A venda de partes dos bebês abortados pela Planned Parenthood é uma
realidade ofensiva e horrível. O trabalho de jornalismo investigativo do
Centro para o Progresso Médico vai continuar a vir à tona com relatos
de testemunhas ainda mais convincentes e provas de fonte primária de
tráfico e venda de partes de bebês pela Planned Parenthood para a
obtenção de lucro. Tem de haver uma moratória imediata sobre o
financiamento do pagador de impostos para a Planned Parenthood, enquanto
o Congresso e os estados averiguam a extensão da violação da lei pela
organização.”
A reação liberal ao caso Planned Parenthodd não é a de ser contra
condenação do lucro da venda desses órgãos, mas sim a ética de mercado,
ao uso do dinheiro para financiamento de toda uma agenda socialista em
segundo plano e ao respeito à teoria dos direitos naturais, proposta
pelo pensador liberal John Locke. Locke afirma nessa teoria que um
liberal deve observar três aspectos por essência: a liberdade
individual, o respeito à propriedade privada e o respeito à vida. E esse
caso ataca todos os aspectos: impede a liberdade individual do
nascituro no pós-formação mental; desrespeita a vida, pois o aborto é
uma modalidade de homicídio doloso com o agravante de que o feto não tem
como se defender da ação abortiva; e ataca o direito de propriedade da
própria vida do feto.
A Planned Parenthood representa um exemplo concreto da degradação
feita pelo Partido Democrata, tão citada por Friderich August von Hayek
no artigo ”Por que não sou um Conservador?”, onde Hayek mostra como os
socialistas apropriaram-se do termo “liberal” nos Estados Unidos.
Previsivelmente, os executivos e médicos da PP sofrerão consequências
políticas como, por exemplo, o fim do financiamento público à ONG, e
também consequências legais, como prisões, processo em tribunais,
pagamentos de indenizações e acusações penais. Compreensivelmente, os
dirigentes da Planned Parenthood começam a entrar em estado de negação,
como mostra o jornalista Felipe Moura Brasil em sua coluna na revista
Veja (veja a publicação aqui).
E finalmente se poderá realizar o reconhecimento definitivo de que a
fundadora da instituição, Margaret Sanger, atualmente celebrada por ser
uma das primeiras líderes do movimento feminista e defensora do sufrágio
universal, merece ser jogada ao limbo da História por seus planos de
eugenismo e por sua militância na Ku Klux Klan. Pois não é uma mera
coincidência que cerca de 75% das clínicas da Planned Parenthood estejam
localizadas em áreas maioritariamente habitadas por minorias étnicas,
pobres e afrodescendentes.
Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, coordenador
local da rede Estudantes Pela Liberdade, presidente da juventude do
Partido Social Cristão na cidade de Niterói-RJ e membro-fundador do
Movimento Universidade Livre.
fonte: Planned Parenthood e a agressão aos direitos naturais
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