Michael
Brown
Foi antevisão, e não paranoia, que
motivou alguns comentaristas sociais a prever que o ativismo gay se tornaria a
principal ameaça às liberdades religiosas nos EUA. O recente incidente na
Universidade George Washington é a última confirmação disso.
Em 2010, a Universidade de Illinois
demitiu um professor católico que ensinava cursos sobre catolicismo no
departamento de religiões da universidade, depois que um estudante o acusou de
discurso de ódio porque ele mostrou o que a Igreja Católica ensinava sobre a
prática homossexual. Depois de protestos pelo país e uma rápida resposta legal,
o professor foi reintegrado. Mas o fato de ter sido inicialmente demitido é um
verdadeiro ultraje.
Agora, dois veteranos da
Universidade George Washington estão tentando fazer com que o capelão católico
do Centro Newman seja afastado devido a uma alegada postura contrária ao
homossexualismo. (O nome de Centro Newman foi dado em homenagem ao Cardeal Newman, e existe para servir aos estudantes católicos, que constituem cerca de
3.000 dos 10.000 estudantes da universidade).
Os dois estudantes, Damian Legacy e
Blake Bergen, criaram uma campanha para fazer com que o padre Greg Shaffer seja
demitido, acusando-o de ser enfaticamente contra o homossexualismo e (pasmem!) também
contra o aborto.
Como é? Um padre católico que se
opõe à prática homossexual e ao aborto? Mas como pode ser? A que ponto chegou a
Igreja Católica? (Um leve sarcasmo intencional).
De acordo com os relatórios
publicados, “Legacy e Bergen dizem estar chateados principalmente com os
conselhos de Shaffer. Segundo os estudantes, ele recomenda que pessoas que
possuem tendências homossexuais levem uma vida de celibato”.
O que mais se deveria esperar de
Shaffer quando um católico gay o procura querendo direção espiritual? Encorajar
a promiscuidade? Estimular uma fidelidade monogâmica gay? Encorajar a redefinição
do casamento para que católicos gays possam “se casar” com um parceiro do mesmo
sexo? E uma vez que o padre fez voto de celibato (e, espera-se, é fiel ao
compromisso), é assim tão excêntrico que ele também aconselhe a pratica aos
outros? (Como um homem casado, não estou dizendo que poderia facilmente ser
celibatário. Estou simplesmente falando do caso em questão).
Disseram-nos que Damian Legacy
“passou um tempo considerável no Centro Newman durante seus dois primeiros anos
em George Washington. Ele era coroinha nas missas. Além disso, acreditava que
se tornaria um padre católico depois de se formar.
“Tudo mudou, no entanto, quando
Legacy disse ao pe. Shaffer que ele e Bergen haviam começado um relacionamento
homossexual. Shaffer teria acusado Legacy de imoralidade e de ter pouca fé”.
Então, o jovem Legacy acreditou que
poderia ser um bom fiel católico enquanto estava envolvido em um relacionamento
homossexual ativo? E ficou ofendido quando o padre supostamente lhe disse que
estava sendo imoral? Sério mesmo?
Então, eis uma novidade para Damian
Legacy: De acordo com a Bíblia e os ensinamentos católicos, sexo fora do
casamento (que é somente a união de um homem e uma mulher) é imoral, seja ele
heterossexual ou homossexual. Isso é exatamente o que um fiel padre católico
(ou pastor protestante) lhe diria. Então, em vez de tentar fazer com que ele
seja demitido por dizer a verdade, você deveria agradecer a ele pela consideração
de alertá-lo.
De acordo com Legacy, “O fato de
meu líder religioso me ver assim, só por causa de uma parte da forma como Deus
me criou, e em pensar que essa parte é responsável pela destruição da minha
dignidade humana, simplesmente… Não posso nem descrever o conflito mental que
isso causa”.
Não estaria o padre talvez tentando
ajudar esse jovem a ver que ele era mais do que um ser sexual, e que havia uma
maneira de exercer o autocontrole e encontrar um lugar de satisfação mais
profundo dentro da sua própria fé religiosa? Ou será que Legacy está nos
dizendo que Deus o fez de maneira que o torna incapaz de se abster de sexo com
outro homem, mesmo durante a faculdade? Será que o “conflito mental” do qual
ele fala não é em parte causado por suas ações?
Os dois estudantes também estão
chateados com a declaração do pe. Shaffer depois que o Presidente Obama
anunciou seu apoio ao “casamento” entre pessoas do mesmo sexo em maio do ano
passado, quando o padre escreveu: “Conforme declaração do Concílio Vaticano II,
Deus é o autor do casamento. Ele definiu o casamento como a união entre um
homem e uma mulher. Toda pessoa racional sabe que relações sexuais entre
pessoas do mesmo sexo é anormal e imoral. Eles sabem isso em seus corações”.
Shaffer pode ter emitido uma
opinião de maneira enfática, mas fatalmente seria exagerado para um padre
católico, e no fim das contas, ele nada mais fez do que mostrar o ensinamento
do Concílio Vaticano II.
Legacy e Bergen também estão distribuindo
uma “carta aos diretores”, citando “estudos acadêmicos que ligam o
comportamento homofóbico à perda de apetite, insônia e outras consequências
psicológicas prejudiciais”. (Imagino que eles não vão citar estudos acadêmicos
que ligam a prática homossexual a um risco muito maior de contrair DSTs, entre
outros problemas de saúde).
O resultado é que os dois
estudantes estão dizendo a um capelão católico que trabalha em um centro
católico de uma universidade: “Não serás católico”. Universidade George
Washington, o que vocês farão? Vão apoiar o direito de um capelão católico de
ser católico (e eu escrevo isso como um não católico), ou vão apoiar o bullying anticristão?
A boa notícia é que os estudantes
católicos estão se reunindo em defesa do capelão. Talvez a coragem deles se
mostre contagiosa.
Traduzido
por Luis Gustavo Gentil do original do Charisma News: “Thou
Shalt Not Be Catholic”
Fonte:
www.juliosevero.com
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