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"Wokismo": uma religião universitária?

    Jean Marcel Carvalho França* É popular, e há séculos repetida com orgulho pelos seus membros, a história de que as universidades emergiram na paisagem urbana europeia, entre os séculos XI e XIV, como um espaço de liberdade e mesmo de rebeldia, um espaço em que se podia estudar, refletir e ensinar com uma certa flexibilidade, distante da rigidez e do dogmatismo do ambiente monástico, onde o conhecimento era majoritariamente produzido. O mundo, no entanto, é mudança, e quase nunca para as bandas que esperamos. A mesma instituição que surgiu sobre a égide da crítica e que, depois do iluminismo, se consolidou como o lugar do livre pensar e do combate ao tal obscurantismo, sobretudo o religioso, pariu recentemente, entre o ocaso do século XX e as décadas iniciais do XXI, uma religião tão ou mais dogmática do que aquelas que dizia combater: a religião woke . Para os interessados em conhecer mais detalhadamente a história e os dogmas desse discurso de fé que cobra contrição mas não prome
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Tiradentes foi mesmo um mártir?

  Martírio De Tiradentes – Aurélio de Figueiredo (1854-1916) (Domínio Público) Descubra ainda o porquê da imagem do inconfidente mineiro homenageado em 21 de abril ser semelhante às representações de Jesus Cristo Sim, Joaquim José da Silva Xavier, popularmente conhecido como Tiradentes, foi um mártir! De acordo com o dicionário Michaelis , a palavra mártir define “pessoa a quem foi infligida tortura e/ou pena de morte pela defesa obstinada da fé cristã”. Além disso, define ainda aquele “que sofreu pena de morte e/ou tortura decorrente de sua opinião ou crença”. Mas, ao contrário dos mártires mortos por não renunciarem sua fé em Deus, o ilustre confidente mineiro lutava por ideais políticos. Tiradentes desejava a independência de Minas Gerais. E mesmo não ocupando um altar, ele foi amplamente retratado de forma santificada, assim como Santo Estêvão, São Sebastião e outros mártires católicos. De acordo com historiadores, não existe nenhum retrato fiel de Tiradentes. Na verda

MÍDIA, IGREJA E PANDÊMIA

      Paul A. Soukup A ecologia da mídia, um campo particular dos estudos da comunicação, aborda seu objeto como um ecossistema. Para usar a metáfora de um ecossistema natural, esse tipo de estudo imagina a comunicação como um ambiente no qual muitos elementos diferentes interagem. Não contém apenas diferentes meios de comunicação, nomeadamente telefone, rádio, televisão, redes sociais , mídia impressa e assim por diante, mas também pessoas, ideias, culturas, eventos históricos, etc. Como acontece em qualquer ecossistema, qualquer parte, mudando, afeta todas as outras. Mantendo a imagem de um ecossistema natural, por exemplo um lago em uma floresta, a introdução de uma nova espécie de sapo afetará os insetos que vivem perto do lago, as ervas e flores da área, os pássaros, os peixes, sobre

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Pessoas que têm um senso de unicidade são mais felizes

Redação do Diário da Saúde As religiões têm um "ingrediente secreto" que faz pessoas felizes, mas um senso de conexão com a natureza e todos os demais seres vivos parece ter um papel ainda mais importante. [Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay] Unicidade As pessoas que acreditam na unicidade - a ideia de que tudo no mundo está conectado e é interdependente - têm maior satisfação com a vida do que aquelas que não acreditam nessa totalidade imanente, independentemente de pertencerem a uma religião ou não. "O sentimento de estar em harmonia com um princípio divino, a vida, o mundo, outras pessoas ou mesmo atividades, tem sido discutido em várias tradições religiosas, como também em uma ampla variedade de pesquisas científicas de diferentes disciplinas. Os resultados deste estudo revelam um significativo efeito positivo das crenças unicistas sobre a satisfação com a vida, mesmo descontando as [diferenças das] crenças religiosas," disse La

Exortação "Christus vivit": síntese ampla e texto integral

Publicamos uma ampla síntese com o link ao texto integral da Exortação Apostólica do Papa Francisco, fruto do Sínodo dos jovens realizado em outubro de 2018 «Cristo vive: é Ele a nossa esperança e a mais bela juventude deste mundo! Tudo o que toca torna-se jovem, fica novo, enche-se de vida. Por isso as primeiras palavras, que quero dirigir a cada jovem cristão, são estas: Ele vive e quer-te vivo!». Assim começa a Exortação Apostólica pós-sinodal "Christus vivit" ( Texto integral ) de Francisco, assinada segunda-feira, 25 de março, na Santa Casa de Loreto, e dirigida « aos jovens e a todo o povo de Deus ». No documento, composto por nove capítulos divididos em 299 parágrafos , o Papa explica que se deixou   « inspirar pela riqueza das reflexões e diálogos do Sínodo dos jovens », celebrado no Vaticano em outubro de 2018. Primeiro capítulo : «Que diz a Palavra de Deus sobre os jovens?» Francisco recorda que « numa época em que os jovens contavam pouco, alguns