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8 coisas que não te contaram na escola sobre a Crise de 29







O Crash da Bolsa em 29 é um evento mitológico no cenário intelectual para mostrar os perigos do capitalismo liberal: um monstro ganancioso e  megalômano que acaba se destruindo. 

Quem nunca ouviu de um professor de história, geografia, filosofia ou sociologia  que o capitalismo só se mantém se for regulado pelo estado, senão ele  mesmo se acabaria? Ou que o New Deal salvou o capitalismo? Ou ainda que a guerra pôs fim a crise?
Entretanto, essa premissa  está repleta de equívocos e mitos aceitos por muitos  estudantes, seja pela passividade de acreditar nas explicações  pró-estado, seja pela negação dos professores por uma bibliografia que  mostre um outro olhar da crise.
Antes dos  mitos e equívocos sobre a Grande Depressão, vou expor alguns termos –  Reserva Fracionária e Ciclos Econômicos – que são necessários evidenciar ao leitor menos acostumado com esse assunto.

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Reservas Fracionárias

 

O sistema  de reservas fracionárias, que vigora em todos os bancos (sejam eles  americanos, europeus ou brasileiros), consiste em emprestar somente X  daquilo que se tem em caixa. Por exemplo: nos Estados Unidos, quando eu  faço um depósito a prazo (poupança) de 10 reais em um banco X, esse
mesmo banco pode emprestar 100 reais, ou seja, 10 vezes aquilo que ele  tem dentro do caixa.

Mas de  onde vem esse dinheiro? Bem, o dinheiro simplesmente sai do nada. É um  estilo de negócio vulgarmente conhecido como fraude, que tem o aval  legal para funcionar.
  
Os bancos  simplesmente transferem a riqueza da população para os seus cofres,  inflacionando a moeda com o aumento da oferta monetária.

E o  governo não faz nada quanto a isso? Sim, o governo faz. Ele delimita  quantas vezes os bancos podem multiplicar aquilo que têm em caixa. No  caso do governo brasileiro, como já dito no exemplo, 10 vezes aquilo que todo banco efetivamente possui.
Outro  fator de controle é a taxa SELIC, que o Banco Central estipula para toda transação interbancária. Assim, quando o banco X já extrapolou o limite de quanto ele poderia emprestar (10 vezes aquilo que ele tinha), ele  pede um empréstimo de outro banco – por exemplo, o banco Y -, no qual  a taxa de juros é delimitada pelo Banco Central.
Assim,  quando quer inflacionar a moeda para estimular o crescimento, o governo  abaixa a SELIC e possibilita que os bancos criem mais moeda e reduzam as taxas de juros.

 

Ciclos Econômicos


Os ciclos  econômicos são as variações na estrutura econômica ocasionadas por um  aumento na oferta monetária. Serão divididos em 3 fases: Boom, Recessão e Estabilidade.

1º Fase – O Boom

Nessa  primeira fase, temos um aumento da oferta monetária via reservas  fracionárias. Tal aumento acaba abaixando a taxa de juros  artificialmente (quanto mais dinheiro se tem para emprestar, menor tende a ser a taxa de juros). Lembrando: é um mecanismo artificial, já que a  população não poupou para poder abaixar a taxa de juros, simplesmente  criaram mais dinheiro.
O início  do Boom leva a um aumento no consumo, já que é mais fácil se conseguir  dinheiro. Nele ocorre também um aumento na abertura de novos negócios,  principalmente aqueles que antes eram inviáveis devido à alta taxa de  juros.
Essa fase  leva a população a consumir mais, a empregar mais e a criar novos  negócios e empregos. Consequentemente a produção das empresas aumenta e a renda da população também sobe vertiginosamente. O Boom cria uma ilusão de crescimento que acaba enganando toda a população, embriagando-os com falso crescimento.

2º Fase – A Recessão
Agora,  infelizmente, a 2ª fase chega. O primeiro sinal é a alta nos preços.  Consequência da inflação: quanto mais dinheiro a população possui para   gastar, maior tende a ser o preço dos produtos. Logo em seguida ocorre  um aperto no crédito, como consequência do aumento das taxas de juros –  já que estavam se tornando insustentáveis os índices de crescimento  monetário.
Com isso, a população reduz o consumo, e aqueles novos negócios de longo prazo que  haviam sido abertos e que foram os que mais pegaram empréstimos, se  limitam a dar calote nos bancos. Veremos um efeito dominó: quem tinha  dinheiro começa a quebrar, levando toda a economia consigo.
Nessa fase ocorrem índices absurdos de desemprego, junto de crescimento baixo e  alta nos preços, o que foi denominado de estagflação. A ressaca chegou.

3º Fase – A Recuperação
O que deve fazer quem oferta a moeda? Simplesmente nada, ou seja, deixar a  economia se reorganizar sozinha. Assim foi feito na depressão de  1920-21, quando o governo não interveio e a depressão se curou  rapidamente.
Expostos  os conceitos acima posso prosseguir a demonstrar aquilo que se propõe  esse texto: as 8 coisas que seus professores não lhe explicaram sobre o  desenrolar da Grande Depressão e todos os mitos que cercam esse evento  até hoje.

 1. Os Estados Unidos viveram dezenas de crises no século XIX;

 

Durante todo o século XIX – mais precisamente 1819-1820, 1839-1843, 1857-1860,  1873-1878,  1893-1897 e 1920-1921 – os Estados Unidos sofreram com  seguidas expansões monetárias, depois de recessões e recuperações. Os  professores não falam muito dessas recessões porque o mercado conseguiu  se recuperar rapidamente delas e o governo em cada ocasião não fez,  simplesmente, nada.
A crise de 1920-21 começou com um desemprego maior que a de 29, porém o presidente  Warren G. Harding se recusou a dar ouvidos a um de seus secretários,  Herbert Hoover, e intervir na economia. Pelo contrário, Harding confiou  no mercado e em menos de um ano a crise já não existia.
A crise de 29 tinha tudo para ser mais um ciclo econômico, porém a brisa se transformou em um furacão. O culpado? O governo.
 Você pode conferir maiores detalhes sobre a crise de 20 nessa palestra de Tom Woods.

2. Coolidge Imprimiu Dinheiro Que nem um Louco;

 

Sanada a  crise de 1920-21, Coolidge iniciou uma onda inflacionária – mais  especificamente a partir de 1924. Os bancos americanos, então  controlados pelo FED (Banco Central Americano), passaram a imprimir  dinheiro para estimular a economia.
A Alemanha, uma das principais credoras dos EUA, estava debilitada pela I  Guerra Mundial. Os banqueiros americanos e os governos europeus pediam  por uma redução da taxa de juros para os bancos americanos financiarem a reconstrução europeia.
Para isso, o governo reduziu as reservas compulsórias dos bancos comerciais  (quantia que os bancos devem deixar com o FED para “garantir” o poder de compra da moeda), o que estimulou a retirada de depósitos à vista  (conta corrente), para depósitos à prazo (poupança). É dos depósitos a  prazo (poupança) que os bancos delimitam suas reservas fracionárias.  Assim, quando se aumenta a poupança, o mesmo ocorre com a quantidade de  dinheiro que pode ser emitido.
Resultado: de 1921-29 a oferta de moeda aumentou em US$ 28 bilhões, um incremento  de 62% num espaço de 8 anos. Isso representa uma média anual de 7,7% de  aumento, um grau respeitável de inflação. O preço das hipotecas  dispararam, visto que a população possuía meios de conseguir crédito  fácil, expandindo, no período de 1921-29, de US$16,8 bilhões, em 1921,  para US$27,1 bilhões, em 1929. A indústria também sentiu os efeitos da  expansão de crédito. Os preços dos títulos emitidos por indústrias, de  acordo com o índice da Standard & Poor’s, aumentou de 59,4 em junho
de 1922 para 195,2 em setembro de 1929.  As ações das empresas  ferroviárias aumentaram de 189,2 para 446,0, ao passo que as empresas de utilidade pública subiram de 82 para 375,1.

Tudo se  valorizou graças à expansão monetária promovida pelo governo.  Entretanto, se tornou impossível manter a euforia no mercado e a bolha  estourou. Quando todos correram para vender suas ações em 24 de outubro  de 1929 viram que elas já não valiam mais nada.

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3. O Pré-New Deal de Hoover;

 

Hoover  comumente é tido como um presidente pró-mercado, equivocadamente. Além  de sempre ter sido a favor de uma maior subordinação do mercado ao  estado – e no governo Coolidge ter incessantemente proposto a  intervenção do estado americano na economia – seu legado econômico
atesta contra essa afirmação.

O presidente Hoover promoveu um pré-New Deal com aumento dos gastos públicos e sufocamento  de uma instável classe empresarial.Sob a influência da “nova economia”, que preconizava o  planejamento central, o presidente incitou empresários a não cortarem os preços e a não reduzirem salários. Particularmente, Hoover estipulou que eles aumentassem as  despesas com capital, aumentassem os salários e intensificassem os  outros gastos, tudo sob a crença de que isso estaria mantendo o poder de compra.
Não fosse  suficiente, Hoover embarcou numa política de déficits orçamentários e  apelou aos governos locais para que estes se endividassem ainda mais e  gastassem seus empréstimos em obras públicas. Por meio da Comissão da  Agricultura, que Hoover havia organizado no segundo semestre de 1929, o  governo federal tentou incansavelmente sustentar os preços do trigo, do  algodão e de outros produtos agrícolas. A tradição do velho Partido  Republicano, que defendia a restrição de importações, foi invocada com  afinco.
A tarifa Smoot-Hawley, aprovada em junho de 1930, elevou as tarifas de importação a níveis sem precedentes, o que praticamente fechou as fronteiras dos  EUA para os produtos estrangeiros.  De acordo com a maioria dos  historiadores econômicos, esta foi a loucura suprema de todo o período
que vai de 1920 a 1933, e início da real depressão.


A tarifa  Smoot-Hawley conseguiu enfraquecer ainda mais a indústria  norte-americana, impedindo a importação. Como resposta, outros países  também adotaram medidas protecionistas que acabariam prejudicando as  exportações americanas e levando milhares de agricultores à falência: as exportações americanas caíram de US$5,5 bilhões em 1929 para US$1,7  bilhão em 1932.  A agricultura americana habitualmente exportava mais de 20% de seu trigo, 55% de seu algodão, 40% de seu tabaco e de sua banha  de porco, e vários outros produtos. Quando o comércio internacional foi
interrompido, a agricultura americana desmoronou. 


Os bancos  rurais dependiam diretamente daqueles agricultores que foram à falência. Após a falência dos agricultores mais de 2 mil bancos rurais fecharam  as portas intensificando a crise bancária. A crise se agravou pela  Europa, fazendo com que os bancos americanos que haviam emprestado  dinheiro a juros baixos para países europeus – ainda no governo Coolidge – vissem seus devedores darem calote, enfraquecendo ainda mais o setor  bancário.
Até o  começo das medidas intervencionistas, a taxa de desemprego não havia  ultrapassado os dois dígitos. A partir de 1931, o desemprego se tornou  epidêmico, afetando 8 milhões de americanos. Mesmo com o governo  subsidiando dezenas de obras públicas e aumentado progressivamente seu
gasto, no ano seguinte, 1932, o imposto de renda seria duplado. Com o  aumento de uma série de impostos, o chamado Renevue Act, para manter  seus altos déficits públicos, o governo contribuiria ainda mais com o  desemprego, atingindo 12,4 milhões de americanos.


 4. O New Deal Só Piorou a Crise

 

Se o pré-New Deal de Hoover só prolongou e piorou a crise de 29, o New  Deal de Keynes e Roosevelt foi uma versão intensificada das presepadas  protagonizadas por Hoover.
Roosevelt  primeiro tinha que seguir seu guru Keynes. Para isso, o presidente quis  estimular a demanda agregada da economia emitindo mais dinheiro.  Roosevelt desvalorizou de todas as formas o dólar, tanto aumentando a  quantidade, quanto confiscando o ouro que lastreava a moeda. O resultado foi que em menos de 100 dias o dólar já havia sido desvalorizado em  40%.
O  presidente então conseguiu que o Congresso aprovasse o NIRA (National  Industry Recovey Act), que daria origem ao NRA (National Recovery  Administration), visando cartelizar o mercado estabelecendo controle de  preços, salários, horas e condições de trabalho. O NRA introduziu um  salário mínimo e acabou com o trabalho adolescente – tudo isso visando  aumentar o poder de compra da população.
Porém, o aumento dos custos de produção advindos do NRA, “surpreendentemente” aumentaram o desemprego para o patamar mais alto da crise, quando cerca de 13 milhões de pessoas se encontravam no desemprego.

Para  compensar o estrago feito por Hoover com os agricultores e os bancos  agrícolas, Roosevelt conseguiu aprovar o AAA (First Agricultural  Adjustement). A pretensão do AAA era aumentar a renda agrícola por meio  de uma redução da área plantada ou da destruição de safras, pagando aos  agricultores para não plantarem nada, e da organização de acordos de mercado para melhorar a distribuição.

De onde  sairia os subsídios para manter o AAA com os déficits públicos  estourados? De um imposto sobre processamento de produtos que sairia do  fragilizado setor industrial.
  
Em 1933,  com o NRA tabelando um série de preços e o AAA sugando os recursos da  indústria, que repassava para os agricultores não produzirem nada, a  economia sentiu os efeitos das desastrosas medidas. Em menos de um ano,  segundo o próprio FED, houve uma redução industrial de 28%.

Vendo os  fracassos do NRA e do AAA, com um orçamento anual de US$ 3  bilhões, Roosevelt decidiu gastar ainda mais. Em 1934, o presidente  americano prometeu um gasto de US$10 bilhões. Os impostos sobre renda e  propriedade subiram em 1934-35 enfraquecendo novamente a indústria.

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5. Momentos de Lucidez

 

As abominações do NRA e do AAA acabaram assassinadas pela Suprema Corte Americana, em 1935 e 1936. O resultado foi um declínio do desemprego.
  
Note o  leitor que muitos professores dizem que o New Deal amenizou a crise ou  mesmo que a curou, mas foi com o fim de seus carros chefes que o  desemprego pode ser reduzido.
Com o fim  do NRA os preços se reajustaram, já no fim do AAA os impostos sob a  indústria foram reduzidos e os agricultores foram forçados a voltar a  produzir. Em 1935, o desemprego caiu para 9,5 milhões, ou 18,4% da força de trabalho, e em 1936 caiu para apenas 7,6 milhões, ou 14,5%.

 

6. Parecia Que Ia Melhorar, Mas…

 

Em resposta ao fim do NRA, Roosevelt conseguiu instaurar o Wagner Act, ainda em 1935, que dava amplos poderes aos sindicatos para julgar tudo  aquilo que fosse “desleal” à classe trabalhadora americana.

Fosse por  meio de ameaças, boicotes, greves, confisco de instalações e violência  aberta cometida sob inviolabilidade jurídica, o plano coagiu diversos  trabalhadores a se tornarem membros. O resultado do Wagner Act foi um desemprego de 10 milhões de trabalhadores em 1938, próximo ao auge da crise.

Além do Wagner Act, ainda houve o imposto sobre Lucros Não Distribuídos, de 1936, que além de redistribuir a riqueza alheia também incidia sobre a produção industrial.
Em 1938, foi publicado o Decreto Sobre Salários e as Horas. Além de reduzir as horas de trabalho para 40 horas semanais, também forçou aumento de 50% em todos os salários.
Resultado: a partir de 1937 o desemprego voltou a subir exponencialmente seguido de um desemprego de 10 milhões de pessoas.

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7. Sim Foi A Guerra Que Tirou Os EUA Da Crise;

 

Em 1941, a base de Pearl Harbor foi atacada pelo Japão. Os EUA entraram na II  Guerra Mundial. Os livros do MEC e muitos professores gostam de colocar  que foi o aumento dos gastos com material bélico – incentivando a  demanda agregada – o responsável por aumentar o número de empregos  proporcionados pela grande crise.

Entretanto, o governo americano não vinha aumentando progressivamente os gastos  públicos e emitindo dinheiro e mesmo assim, como vimos acima, só  conseguiu prolongar a crise. Por que logo após quase 10 anos as teorias  de Keynes surtiram o efeito desejado?
Se  analisarmos a fundo, os EUA exportaram para a II Guerra Mundial cerca de 10 milhões de homens saudáveis, que faziam parte da população  economicamente ativa. Além disso, em 1940 houve um abandono das  políticas do New Deal e, comicamente, coincidiu com a recuperação  econômica.
A II  Guerra foi, sim, quem pôs fim à crise de 29, não pelo aumento dos gastos públicos, mas, sim, por um abandono das políticas do New Deal e da  exportação de homens para a guerra.

 

8. Os 7 Itens Acima Mostram

 

A crise de 29 foi ocasionada por culpa, exclusivamente, do estado e do sistema de  reservas fracionárias que permitiram aos políticos emitirem dinheiro de  forma quase pornográfica. O liberalismo econômico ficou como o grande  culpado da Grande Depressão, porém basta analisarmos os itens acima para notarmos a impressão digital do governo americano em todas as partes da crise, seja na sua gênese, seja no seu prolongamento.
O  keynesianismo, com seus aumentos de gastos públicos e a impressão  descontrolada de dinheiro, foi uma afronta à inteligência humana e até  hoje posa com prestígio como salvador do capitalismo mundial.
Aumentar  os custos para a produção industrial e a inflação só resultará em  desemprego e perda progressiva do poder de compra da moeda. A lógica e  os fatos listados acima estão aí para provar isso.




fonte:
8 coisas que não te contaram na escola sobre a Crise de 29 - Liberzone

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