Pular para o conteúdo principal

Sociedade Brasileira de Cientistas Católicos é criada para fomentar o tema do Humanismo Solidário no país - Comissão Episcopal Pastoral Para Cultura e Educação



No dia 11 de outubro de 2018, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) foi criada a Sociedade Brasileira de Cientistas Católicos. A criação deu-se no contexto do Ano Nacional do Laicato e do I Congresso Brasileiro de  Humanismo Solidário na Ciência, acontecido entre 09 e 11 de outubro, na mesma instituição. Na sequência, apresentamos o seu histórico, propósito e organização.
Motivações da criação da Sociedade
A penúltima atividade do Congresso possibilitou um grande Painel Científico, onde foram discutidas as possibilidades de encaminhamentos das indicações, feitas pelos congressistas, nas mesas temáticas, que relacionavam os desafios ao Humanismo Solidário e às suas áreas de conhecimento. Nesta oportunidade, diversos participantes solicitaram a criação de um espaço que pudesse favorecer o estudo e a promoção da reflexão do Humanismo Cristão nas diversas áreas de conhecimento, bem como, acompanhamento pastoral dos mestres e doutores reunidos.
Após as atividades de encerramento do Congresso, houve uma reunião entre os participantes interessados, ocasião em que foi criada a Sociedade Brasileira de Cientistas Católicos. Para D. João Justino de Medeiros Silva, arcebispo coadjutor de Montes Claros e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Cultura e Educação, “este é o marco relevante do encontro, pois a criação de um dispositivo que reúna cientistas e intelectuais viabiliza o diálogo ‘fé e razão’ na relação com a academia, e abre perspectivas para a valorização do humanismo solidário que muito tem a contribuir para a sociedade brasileira”.
Atribuições da Sociedade
A sociedade será uma forma de agremiar mestres e doutores de inspiração cristã que desenvolvem estudos, pesquisas e trabalhos, a partir do Humanismo Solidário. A sociedade pretende reunir a intelectualidade cristã no país, e oferecer um acompanhamento pastoral aos cientistas que vinham desenvolvendo os seus trabalhos de modo isolado. Segundo o Prof Everthon de Souza Oliveira, presidente da Sociedade, “a criação deste organismo permite trazer grandes contribuições acadêmicas e pastorais para a Ciência e a Igreja. A proposta abre um espaço de discussão sobre a evangelização nos centros de pesquisa no país e sobre a relação entre as ciências e a fé cristã. Além de apresentar os valores cristãos para a prática científica, tais como a visão integral do ser humano e responsabilidade social da ciência, é importante discutir os significados das descobertas científicas para a nossa fé”.
Para oferecer encaminhamento ao proposto, foi criada uma comissão interina que funcionará no prazo de até dois anos. A comissão terá a responsabilidade de organizar os estatutos, estruturar a Sociedade, atrair novos membros, oferecer os encaminhamentos às indicações surgidas nas mesas temáticas do Congresso, e colaborar na realização do próximo II Congresso Brasileiro de Humanismo Solidário na Ciência, que acontecerá na Universidade Católica do Salvador na Bahia, no ano de 2020.
Comitê Executivo
Na ocasião foi eleito e empossado o comitê executivo foi composto por Prof Everton de Souza Oliveira (presidente), Prof Deivid Carvalho Lorenzo (Vice-Presidente), Prof Humberto Silvano Herrera Contreras (Secretário) e Prof Angélica da Silva Reis (Tesoureira). O comitê técnico foi composto por Profa Sumaia Midlej Pimental Sá (representante das Ciências da Vida), Prof Tiago de Freitas Paulino (representante das Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinares) e Prof Marcelo Pereira Marujo (representante das Ciências Humanas).  O conselho Teológico foi composto por Dom João Justino de Medeiros Silva, Monsenhor Antônio Luiz Cantelan Ferreira, Pe. Francisco Agamenilton Damascena e Padre Danilo Pinto dos Santos.
Maiores informações sobre a Sociedade dos Cientistas Católicos podem ser encontradas nas seguintes páginas: www.culturaeducacaocnbb.com  e www.humanismonaciencia.com.br/congresso2018




fonte:  Comissão Episcopal Pastoral Para Cultura e Educação:

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

"Wokismo": uma religião universitária?

    Jean Marcel Carvalho França* É popular, e há séculos repetida com orgulho pelos seus membros, a história de que as universidades emergiram na paisagem urbana europeia, entre os séculos XI e XIV, como um espaço de liberdade e mesmo de rebeldia, um espaço em que se podia estudar, refletir e ensinar com uma certa flexibilidade, distante da rigidez e do dogmatismo do ambiente monástico, onde o conhecimento era majoritariamente produzido. O mundo, no entanto, é mudança, e quase nunca para as bandas que esperamos. A mesma instituição que surgiu sobre a égide da crítica e que, depois do iluminismo, se consolidou como o lugar do livre pensar e do combate ao tal obscurantismo, sobretudo o religioso, pariu recentemente, entre o ocaso do século XX e as décadas iniciais do XXI, uma religião tão ou mais dogmática do que aquelas que dizia combater: a religião woke . Para os interessados em conhecer mais detalhadamente a história e os dogmas desse discurso de fé que cobra contrição mas não prome

Tiradentes foi mesmo um mártir?

  Martírio De Tiradentes – Aurélio de Figueiredo (1854-1916) (Domínio Público) Descubra ainda o porquê da imagem do inconfidente mineiro homenageado em 21 de abril ser semelhante às representações de Jesus Cristo Sim, Joaquim José da Silva Xavier, popularmente conhecido como Tiradentes, foi um mártir! De acordo com o dicionário Michaelis , a palavra mártir define “pessoa a quem foi infligida tortura e/ou pena de morte pela defesa obstinada da fé cristã”. Além disso, define ainda aquele “que sofreu pena de morte e/ou tortura decorrente de sua opinião ou crença”. Mas, ao contrário dos mártires mortos por não renunciarem sua fé em Deus, o ilustre confidente mineiro lutava por ideais políticos. Tiradentes desejava a independência de Minas Gerais. E mesmo não ocupando um altar, ele foi amplamente retratado de forma santificada, assim como Santo Estêvão, São Sebastião e outros mártires católicos. De acordo com historiadores, não existe nenhum retrato fiel de Tiradentes. Na verda

Pessoas que têm um senso de unicidade são mais felizes

Redação do Diário da Saúde As religiões têm um "ingrediente secreto" que faz pessoas felizes, mas um senso de conexão com a natureza e todos os demais seres vivos parece ter um papel ainda mais importante. [Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay] Unicidade As pessoas que acreditam na unicidade - a ideia de que tudo no mundo está conectado e é interdependente - têm maior satisfação com a vida do que aquelas que não acreditam nessa totalidade imanente, independentemente de pertencerem a uma religião ou não. "O sentimento de estar em harmonia com um princípio divino, a vida, o mundo, outras pessoas ou mesmo atividades, tem sido discutido em várias tradições religiosas, como também em uma ampla variedade de pesquisas científicas de diferentes disciplinas. Os resultados deste estudo revelam um significativo efeito positivo das crenças unicistas sobre a satisfação com a vida, mesmo descontando as [diferenças das] crenças religiosas," disse La