Pular para o conteúdo principal

Estudos após estudos mostram que as crianças crescem melhor com pais casados




Três
novos estudos publicados nas últimas semanas mencionam que as crianças
crescem melhor com pais casados, enquanto são mais propensas a enfrentar
uma série de desafios em outras situações.



William Bradford Wilcox, sociólogo da Universidade de Virginia (Estados
Unidos), explicou que existe um “crescente consenso científico” de que o
matrimônio e a estrutura familiar são importantes tanto para as
crianças como para os pais, apesar de esforços persistentes por afirmar o
contrário.



Em um artigo publicado na revista National Review em 23 de outubro,
Wilcox disse: “Estudos após estudos mostram que as crianças crescem
melhor com pais casados, firmes e estáveis”.



Wilcox indicou ainda que “aqueles que negam a estrutura familiar,
procuram negar a evidência científica de que a mudança da família tem um
impacto maior em nosso ambiente social e – especialmente – em nossas
crianças”.



O sociólogo americano é coautor do estudo “Famílias firmes, estado
próspero: A riqueza dos estados afeta as famílias saudáveis?”. A
investigação foi publicada no dia 19 de outubro pelo Institute for
Family Studies e o American Enterprise Institute.



Os investigadores chegaram a conclusão de que os estados com índices
mais altos de matrimônio, especialmente com níveis mais altos de
famílias com pais casados, estão “fortemente associados” com maior
crescimento econômico, mobilidade econômica, menos pobreza infantil e
maior ingresso na família a nível estatal nos Estados Unidos.



Os crimes violentos são “muito menos comuns” em estados com maior
proporção de famílias lideradas por pais casados, indicou o estudo no
seu resumo.



Os investigadores usaram modelos de controle por fatores, inclusive
pelos níveis de educação, composição racial, políticas de impostos,
gastos em educação e outras características dos estados.



Outro estudo a respeito da família foi realizado pelo professor de
economia David Autor, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Junto com seus colegas, fez um estudo que foi publicado pelo instituto
de investigação política da Northwestern University.



Os cientistas comprovaram que os meninos mais pobres têm mais problemas
ao crescer do que as meninas mais pobres, quando nascem de mães
solteiras. Estes problemas são somados a uma maior taxa de ausência
escolar, abandono do ensino médio, problemas de comportamento e crime
juvenil.



Estes meninos mostram maiores taxas de deficiência comportamental e cognitiva e obtêm piores resultados nas provas padronizadas.



A investigação indica que a estrutura familiar tem um papel importante
no bem-estar da criança e da família, adicionando fatores como a raça e
classe social.



Em seguida, Wilcox disse que o consenso científico acerca da importância
de uma família com pais casados também mostra a última edição da
revista “Marriage and Child Wellbeing Revisited”, produzida pelo projeto
O Futuro das crianças, realizado pela Brookings Institution,
relacionada com a Escola Woodrow Wilson de Assuntos Internacionais e
Públicos, da Universidade de Princeton.



Na introdução da revista, Sara McLanahan, professora de sociologia da
Universidade de Princeton, e Isabel Sawhill, investigadora principal do
Instituto Brookings, escreveram que “agora a maioria dos estudiosos
estão de acordo em que as crianças criadas por dois pais biológicos
dentro de uma família estável, crescem melhor do que crianças que vivem
em outras formas familiares”.



Entretanto, McLanahan e Sawhill disseram que existe muito menos consenso
e questionamento acerca do motivo pelo qual isto acontece.



“Embora os estudiosos não estejam exatamente seguros acerca do porquê o matrimônio interfere na vida das crianças, sabem que este é importante para eles”, concluiu Wilcox.




WASHINGTON DC, 04 Nov. 15 / 11:00 am (ACI).-


Estudos após estudos mostram que as crianças crescem melhor com pais casados

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

"Wokismo": uma religião universitária?

    Jean Marcel Carvalho França* É popular, e há séculos repetida com orgulho pelos seus membros, a história de que as universidades emergiram na paisagem urbana europeia, entre os séculos XI e XIV, como um espaço de liberdade e mesmo de rebeldia, um espaço em que se podia estudar, refletir e ensinar com uma certa flexibilidade, distante da rigidez e do dogmatismo do ambiente monástico, onde o conhecimento era majoritariamente produzido. O mundo, no entanto, é mudança, e quase nunca para as bandas que esperamos. A mesma instituição que surgiu sobre a égide da crítica e que, depois do iluminismo, se consolidou como o lugar do livre pensar e do combate ao tal obscurantismo, sobretudo o religioso, pariu recentemente, entre o ocaso do século XX e as décadas iniciais do XXI, uma religião tão ou mais dogmática do que aquelas que dizia combater: a religião woke . Para os interessados em conhecer mais detalhadamente a história e os dogmas desse discurso de fé que cobra contrição mas não prome

Tiradentes foi mesmo um mártir?

  Martírio De Tiradentes – Aurélio de Figueiredo (1854-1916) (Domínio Público) Descubra ainda o porquê da imagem do inconfidente mineiro homenageado em 21 de abril ser semelhante às representações de Jesus Cristo Sim, Joaquim José da Silva Xavier, popularmente conhecido como Tiradentes, foi um mártir! De acordo com o dicionário Michaelis , a palavra mártir define “pessoa a quem foi infligida tortura e/ou pena de morte pela defesa obstinada da fé cristã”. Além disso, define ainda aquele “que sofreu pena de morte e/ou tortura decorrente de sua opinião ou crença”. Mas, ao contrário dos mártires mortos por não renunciarem sua fé em Deus, o ilustre confidente mineiro lutava por ideais políticos. Tiradentes desejava a independência de Minas Gerais. E mesmo não ocupando um altar, ele foi amplamente retratado de forma santificada, assim como Santo Estêvão, São Sebastião e outros mártires católicos. De acordo com historiadores, não existe nenhum retrato fiel de Tiradentes. Na verda

Pessoas que têm um senso de unicidade são mais felizes

Redação do Diário da Saúde As religiões têm um "ingrediente secreto" que faz pessoas felizes, mas um senso de conexão com a natureza e todos os demais seres vivos parece ter um papel ainda mais importante. [Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay] Unicidade As pessoas que acreditam na unicidade - a ideia de que tudo no mundo está conectado e é interdependente - têm maior satisfação com a vida do que aquelas que não acreditam nessa totalidade imanente, independentemente de pertencerem a uma religião ou não. "O sentimento de estar em harmonia com um princípio divino, a vida, o mundo, outras pessoas ou mesmo atividades, tem sido discutido em várias tradições religiosas, como também em uma ampla variedade de pesquisas científicas de diferentes disciplinas. Os resultados deste estudo revelam um significativo efeito positivo das crenças unicistas sobre a satisfação com a vida, mesmo descontando as [diferenças das] crenças religiosas," disse La