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Mostrando postagens de outubro, 2014

Coisas do outro mundo

1. No momento da morte de Steve Jobs, lembro-me de ler um obituário em que a Apple era tratada como uma igreja. Isso era visível nas pequenas coisas –o símbolo da empresa, por exemplo– e nas grandes coisas –as aparições do homem sempre que havia uma boa nova para anunciar aos fiéis.  Sobre o símbolo, a metáfora da maçã trincada é óbvia: Jobs apresentava-se como o paladino do conhecimento –e o conhecimento humano só começou quando Adão não quis desiludir a sua amada, comendo o fruto proibido. E sobre as aparições, enfim, será preciso recordá-las? Jobs, em ambiente escurecido, com uma luz celestial sobre a cabeça, falando do palanque como um pastor fala ao seu rebanho. Pois bem: foi-se Steve Jobs, mas as encenações sacras continuam. E os últimos dias foram dominados por um novo iPhone que mereceu as atenções da mídia. Disse "iPhone"? Peço desculpa pela falta de respeito. A forma como o novo brinquedo foi apresentado, testado, comentado e

As 28 deficiências da inteligência humana

pelo pedagogo romeno Reuven Feuerstein. (uma dica de Olavo de Carvalho)  pedagogo romeno Reuven Feuerstein. Vou tentar traduzir, se alguém quiser corrigir sinta-se a vontade. As deficiências resultantes da falta de aprendizagem mediada são antes periféricas do que centrais, e refletem atitude e motivação deficientes, falta de habitos de trabalho e esquemas de aprendizagem ao invés de incapacidades estruturais e de elaboração. Evidências da reversibilidade do fenômeno tem sido encontrado em trabalhos clínicos e experimentais - especialmente através da avaliação dinâmica - (Dispositivo de Avaliação do Potencial de aprendizagem - "Learning Potential Assessment Device" - LPAD). O LPAD também nos capacitou a estabelecer um inventório de funções cognitivas subdesenvolvidas, pobremente desenvolvidas, ou debilitadas. Estas nós categorizamos como níveis de Input, Elaboração e Output. Funções cognitivas debilitadas afetando o nível de  Input  incluem debi

Black Blocs: A origem da tática que causa polêmica na esquerda

publicado em 8 de outubro de 2013   Foto da página do Black Bloc SP “O balancê, balancê. Escute o que vou te dizer. Geraldo fascista, vai se foder e leva o Cabral com você.” (Cantado por manifestantes em São Paulo) Black blocs,  lições do passado, desafios do futuro Por Bruno Fiuza * Especial para o Viomundo Uma das grandes novidades que as manifestações de junho de 2013 introduziram no panorama político brasileiro foi a dimensão e a popularidade que a tática black bloc ganhou no país. Repito: dimensão e popularidade – pois, ao contrário do que muita gente pensa, esta não foi a primeira vez que grupos se organizaram desta forma no Brasil, e muito menos no mundo. Aliás, uma das questões que mais saltam aos olhos no debate sobre os black blocs no Brasil é a impressionante falta de disposição dos críticos em se informar sobre essa tática militante que existe há mais de 30 anos. É claro que ninguém que conhecia a história da tática black bloc quando ela come

Os cafetões de minorias

Alexandre Borges Se você quer ser famoso, esqueça o Big Brother e vá cursar Ciências Sociais. Parte da imprensa do país agora acredita que sociólogos e afins são entes superiores de razão ou oráculos da vida moderna. Alguém precisa avisar Tatá Werneck que há um caminho mais curto para Valdirene chegar ao estrelato. De preço de ingressos na Copa às UPPs, do Bolsa Família até o sumiço do Amarildo, da condenação de mensaleiros até meia dúzia de peitos caídos na praia, é ligar a tevê e ver um cientista social ou historiador dando ares supostamente científicos à má poesia engajada dos candidatos a Bertold Brecht que, como poetas de esquerda, não superam nem Tarso Genro. Faço um convite aos analistas de rolezinhos: se você ainda não foi, vá a um shopping center num bairro de periferia e surpreenda-se ao descobrir que são locais iguais aos que você conhece e que são frequentados por, veja você, moradores da periferia. Se você diz na imprensa que impedir 6 mil adolesc

Princesa D. Maria contando a História da Independência

A Princesa Dona Maria Teresa de Orleans e Bragança participou do Projeto Alecrim, que busca preservar a cultura e as tradições do Brasil entre brasileiros que vivem no exterior. O Projeto é focado nas crianças, com apresentações lúdicas e pedagógicas. Sua Alteza Real contou sobre seu tetravô, o Imperador Dom Pedro I do Brasil, na sede do Projeto Alecrim em Bruxelas, capital da Bélgica. "Eu vim aqui para contar para vocês a história do meu tataravô, o Dom Pedro I. Ele é o pai, do pai, da minha bisavó. A princesa Isabel. Ele nasceu quase 200 anos atrás. O nome completo dele era: Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon. 16 nomes! Mas Pedro era suficiente! Esta é uma tradição de família, é o nome pessoal, mais o nome dos padrinhos e madrinhas, seguido o nome dos arcanjos protetores da criança. Eu mesma tenho 9 nomes! Princesa Dona Maria Teresa El

A Igreja Católica e Conversão

Por Dale Ahlquist Tradução: Pedro Erik Carneiro Tradução do original The Catholic Church and Conversion [Lecture 49], disponível no site Chesterton.org Pode ser surpresa para alguns saber que Chesterton foi criado como Unitário. A descoberta da “ortodoxia” Cristã (como descrito no seu livro “Ortodoxia”) o levou para ser adepto da Igreja Anglicana em 1901, mais tarde ele diria que isso foi apenas sua conversão incompleta ao Catolicismo. Antes de se tornar Católico, Chesterton reconheceu o fato de que ele estava conduzindo muitas pessoas para a Igreja Católica sem que ele mesmo tivesse ingressado. Mas ele continuava conduzindo-as. Apenas em 1922, com a idade de 48 anos, Chesterton foi recebido dentro da Igreja Católica Romana. Isto foi um choque para muitos. Muitos observadores ficaram surpresos pois achavam que ele já era Católico, uma vez que tinha defendido a Igreja durante muitos anos. Mas muitos outros que o conheciam mais de perto, amigos e oponentes, ac

Tudo que seu professorzinho do méqui não lhe ensinou sobre... negritude, escravidão e racismo

O brasileiro médio jamais para para refletir a questão "por que negros foram escravizados no intervalo de tempo entre os séculos XV e XIX?" e a lacuna deixada pela inexistência dessa reflexão é ocupada na mente dessas pessoas por uma gosma disforme de significados extraídos de discursos que não fazem absolutamente nenhum sentido, mas são criados apenas para colocar seus receptores em um estado emocional específico. Esse simulacro de raciocínio é construído pela mídia impressa, pelas novelas da rede Globo, pelas instituições ditas "de ensino", todas elas instâncias dominadas por esquerdistas (aqui cabe lembrar que a mente é como um pedaço de terra fértil, se não for jardinado todos os dias, se seu dono não fizer valer todos os dias seu direito de escolha do que pode e do que não pode crescer em seu pedaço de terra, rapidamente toda a extensão do terreno — e da mente — será ocupada por erva daninha). O pathos geral aceito pela sociedade é