Pular para o conteúdo principal

As 28 deficiências da inteligência humana

pelo pedagogo romeno Reuven Feuerstein. (uma dica de Olavo de Carvalho)


 pedagogo romeno Reuven Feuerstein.



Vou tentar traduzir, se alguém quiser corrigir sinta-se a vontade.

As deficiências resultantes da falta de aprendizagem mediada são antes periféricas do que centrais, e refletem atitude e motivação deficientes, falta de habitos de trabalho e esquemas de aprendizagem ao invés de incapacidades estruturais e de elaboração. Evidências da reversibilidade do fenômeno tem sido encontrado em trabalhos clínicos e experimentais - especialmente através da avaliação dinâmica - (Dispositivo de Avaliação do Potencial de aprendizagem - "Learning Potential Assessment Device" - LPAD). O LPAD também nos capacitou a estabelecer um inventório de funções cognitivas subdesenvolvidas, pobremente desenvolvidas, ou debilitadas. Estas nós categorizamos como níveis de Input, Elaboração e Output.

Funções cognitivas debilitadas afetando o nível de Input incluem debilidades quantitativas e qualitativas dos dados recolhidos pelo indivíduo, quando confrontado por um problema, objeto ou experiência. Incluem:

  1.  Percepção confusa.
  2.  Comportamento investigativo não-sistemático, impulsivo e equivocado.
  3.  Falta de, ou debilidade, de ferramentas verbais capazes de discriminar (ex. objetos, eventos, relações, etc. não possuem nomes apropriados).
  4.  Falta de, ou debilidade, de orientação espacial; a falta de sistemas estáveis de referencia debilitam o estabelecimento de uma organização topológica e Euclidiana do espaço.
  5.  Falta de, ou debilidade, de conceitos de tempo.
  6.  Falta de, ou debilidade, de conservação de constantes (tamanho, forma, quantidade, orientação) através da variação dos fatores.
  7.  Falta de, ou deficiência, de precisão e acuidade dos dados recolhidos.
  8.  Falta de capacidade de considerar duas ou mais fontes de informação (ou hipóteses) de uma vez; isto reflete que os dados são tratados de forma isolada, ao invés de fatos organizados em um todo.

A severidade da debilidade no nível de Input também pode afetar o funcionamento dos níveis de Elaboração e Output, mas não necessariamente.
Funções cognitivas debilitadas afetando o nível de Elaboração incluem aqueles fatores que impedem uma avalição eficiente da informação e das dicas ou sugestões.

  1.  Percepção inadequada ao definir um problema existente.
  2. Incapacidade de selecionar aspectos relevantes e não relevantes não definição de um problema.
  3. Falta de um comportamento comparativo espontâneo, ou limitação na sua aplicação.
  4. Campo psíquico tacanho, mediocre.
  5. Compreensão parcial da realidade.
  6. Falta de, ou debilidade, na necessidade de perseguir evidências lógicas.
  7.  Falta de, ou debilidade, de interiorização.
  8.  Falta de, ou debilidade, no pensamento hipotético-inferitivo, pensamento "E se...?".
  9.  Falta de, ou debilidade, nas estratégias de testar hipóteses.
  10.  Falta de, ou debilidade, na habilidade de estruturar um comportamento adequado para solucionar um problema.
  11.  Falta de, ou debilidade, no planejamento.
  12.  Não-elaboração de certas categorias cognitivas porque os conceitos verbais necessários não fazem parte do indivíduo, ou não são mobilizados em um nível expressivo.

Pensar normalmente se refere a elaborar sugestões. Estas sugestões podem ser originais, criativas, e ainda que corretamente elaboradas podem gerar respostas erradas, porque foram baseadas em informações inadequadas e inapropriadas no nível de Input.

Funções cognitivas debilitadas afetando o nível de Output incluem aqueles fatores que levam a uma inadequada comunicação das soluções encontradas. Note que informações corretamente percebidas e elaborações apropriadas podem ser expressadas incorretamente.

Deve-se notar que, mesmo dados e elaborações corretas podem ter sua solução expressa incorretamente, se existirem dificuldades nesse nível.

  1.  modalidades egocêntricas de comunicação.
  2.  Dificuldades na projeção de relações virtuais.
  3.  Bloqueios.
  4.  Tentativas inadequadas de responder.
  5.  Falta de, ou debilidade, de ferramentas para comunicar adequadamente as respostas elaboradas.
  6.  Falta de, ou debilidade, na necessidade de precisão e acuidade na comunicação das respostas.
  7.  Deficiência na transposição visual.
  8.  Comportamento impulsivo.

Os três distintos níveis foram concebidos de forma a trazer alguma ordem à matriz de funções cognitivas deficientes em situações de carência cultural. No entanto, há a interação que ocorre entre os níveis, que é de importância vital para compreender a extensão e a penetração da disfunção cognitiva.



fonte: http://educacaodialogica.blogspot.com.br/2013/07/as-28-deficiencias-da-inteligencia.html

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

"Wokismo": uma religião universitária?

    Jean Marcel Carvalho França* É popular, e há séculos repetida com orgulho pelos seus membros, a história de que as universidades emergiram na paisagem urbana europeia, entre os séculos XI e XIV, como um espaço de liberdade e mesmo de rebeldia, um espaço em que se podia estudar, refletir e ensinar com uma certa flexibilidade, distante da rigidez e do dogmatismo do ambiente monástico, onde o conhecimento era majoritariamente produzido. O mundo, no entanto, é mudança, e quase nunca para as bandas que esperamos. A mesma instituição que surgiu sobre a égide da crítica e que, depois do iluminismo, se consolidou como o lugar do livre pensar e do combate ao tal obscurantismo, sobretudo o religioso, pariu recentemente, entre o ocaso do século XX e as décadas iniciais do XXI, uma religião tão ou mais dogmática do que aquelas que dizia combater: a religião woke . Para os interessados em conhecer mais detalhadamente a história e os dogmas desse discurso de fé que cobra contrição mas não prome

Tiradentes foi mesmo um mártir?

  Martírio De Tiradentes – Aurélio de Figueiredo (1854-1916) (Domínio Público) Descubra ainda o porquê da imagem do inconfidente mineiro homenageado em 21 de abril ser semelhante às representações de Jesus Cristo Sim, Joaquim José da Silva Xavier, popularmente conhecido como Tiradentes, foi um mártir! De acordo com o dicionário Michaelis , a palavra mártir define “pessoa a quem foi infligida tortura e/ou pena de morte pela defesa obstinada da fé cristã”. Além disso, define ainda aquele “que sofreu pena de morte e/ou tortura decorrente de sua opinião ou crença”. Mas, ao contrário dos mártires mortos por não renunciarem sua fé em Deus, o ilustre confidente mineiro lutava por ideais políticos. Tiradentes desejava a independência de Minas Gerais. E mesmo não ocupando um altar, ele foi amplamente retratado de forma santificada, assim como Santo Estêvão, São Sebastião e outros mártires católicos. De acordo com historiadores, não existe nenhum retrato fiel de Tiradentes. Na verda

Pessoas que têm um senso de unicidade são mais felizes

Redação do Diário da Saúde As religiões têm um "ingrediente secreto" que faz pessoas felizes, mas um senso de conexão com a natureza e todos os demais seres vivos parece ter um papel ainda mais importante. [Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay] Unicidade As pessoas que acreditam na unicidade - a ideia de que tudo no mundo está conectado e é interdependente - têm maior satisfação com a vida do que aquelas que não acreditam nessa totalidade imanente, independentemente de pertencerem a uma religião ou não. "O sentimento de estar em harmonia com um princípio divino, a vida, o mundo, outras pessoas ou mesmo atividades, tem sido discutido em várias tradições religiosas, como também em uma ampla variedade de pesquisas científicas de diferentes disciplinas. Os resultados deste estudo revelam um significativo efeito positivo das crenças unicistas sobre a satisfação com a vida, mesmo descontando as [diferenças das] crenças religiosas," disse La