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Mostrando postagens de 2014

Êxodo? Deuses e Reis

Carlos Frederico Gurgel Calvet da Silveira Presidente do Centro Dom Vital Thiago Cabrera Membro do Centro Dom Vital A longa tradição de filmes bíblicos, assim como o conhecimento amplamente difundido da figura de Moisés, não permite que atribuamos as falhas de roteiro do novo filme de Ridley Scott, segundo argumento corriqueiro, à ignorância religiosa. Trata-se de algo mais: uma opção racionalista com finalidade política. Este mais, contudo, é um menos. Comecemos, pois, pelo que falta: da ambientação aos personagens principais. Vamos, pois, ao setting . Deixando de lado toda a beleza das regiões da Andaluzia, onde o filme foi rodado, o diretor opta pelo lúgubre. Acerta em escolher vielas e cubículos para construir uma atmosfera que corrobore sua linha de pensamento centrada na ideia da luta dos hebreus como luta meramente política, com táticas de guerrilha ou de terror. Portanto, a ênfase recai nas agruras físicas, no sofrimento material, no ambiente inóspito, na sujei

"In vitro veritas": a era da desencarnação

O filósofo Fabrice Hadjadj fala sobre sua conversão ao cristianismo em uma época dominada pelo niilismo e a tecnologia Roma, 21 de Novembro de 2014 ( Zenit.org ) Maria Gabriella Filippi |  "O nosso mundo está cada vez mais caracterizado pela desencarnação. Estamos na era do in vitro veritas, tanto nas telas quanto nas provetas. O pai é substituído pelo especialista (e isso acontece até mesmo aos bispos que renunciam muitas vezes a paternidade para ficarem só com a superioridade hierárquica); a mãe é gradualmente substituída pela matriz eletrônica. Vão dizer que agora um casal do mesmo sexo pode ter filhos da mesma forma que têm um homem e uma mulher. E mais, vão dizer que podem tê-los muito melhor do que um homem com uma mulher, porque estes se entregam à procriação através da escuridão arriscada de um abraço e de uma gravidez, enquanto que um casal do mesmo sexo é mais responsável, mais ético, porque recorre aos engenheiros para fabricar uma cri

Por que a esquerda odeia Chaves?

Pouquíssimos artistas conseguem ser tão amados e respeitados quanto o recém falecido Roberto Gómez Bolaños. Sua morte foi lamentada ao redor do mundo por pessoas das mais variadas idades, classes sociais e credos. A maior de suas criações foi o seriado “ El Chavo del Ocho”, “Chaves” , no Brasil. É difícil encontrar quem não tenha se rendido ao talento daquela trupe que sabia fazer rir sem apelações. Mas há quem sinta um profundo ressentimento pelo sucesso do programa. Li alguns textos críticos ao trabalho de Bolaños, a maioria de autores marxistas inconformados pela série não seguir a linha esquerdista de enxergar o mundo. Eis algumas características do programa que os esquerdistas mais fervorosos não engolem: O criador era conservador O criador da série nunca escondeu suas convicções políticas. Apoiou candidatos tidos como conservadores no México, entre eles o ex-presidente Vicente Fox, cuja eleição em 2000 tirou o poder das mãos do Partido Revolucionário Institucional a

Como ganhar dinheiro (mesmo sendo pobre)

por Winter Trabex , quinta-feira, 27 de novembro de 2014    A principal dificuldade em ganhar dinheiro e enriquecer é que você tem de ter um dinheiro de reserva para criar aquilo que é chamado de "renda passiva", que é a renda que continua crescendo sem que a pessoa tenha de trabalhar.  Isso significa que, para enriquecer, você tem de juntar um capital que seja suficiente para ser investido e tenha rendimento.  E, para obter esse capital, não há mágica: você tem de criar valor; você tem de ter uma atividade diária que seja valorizada por pessoas. Logo, duas conclusões: 1) você tem de trabalhar em algo que seja valorizado e demandado por consumidores.  Só assim você conseguirá acumular algum dinheiro; 2) se a taxa básica de juros vigente em seu país for alta, melhor para vo

Criação e Evolução

Dom Fernando Arêas Rifan* Alguns ficaram injustamente escandalizados com a afirmaçã o do Santo Padre, o Papa Francisco, em seu discurso de 27/10/2014, sobre a teoria da evolução, pensando até que o Papa estivesse defendendo o evolucionismo ateu. Há que se distinguir entre teoria da evolução, defensável e aceitável, e o evolucionismo, ideologia materialista que ensina a evolução total com a ausência do Criador. (Marx e Engels utilizaram a teoria da evolução de Darwin para propagar o materialismo ateu do comunismo). Também é necessário distinguir o criacionismo, ideologia que defende erroneamente a interpretação literal da Bíblia como parâmetro da ciência, da teoria da Criação, verdade que a Igreja, e nós com ela, defendemos e ensinamos. Na verdade, o Papa Francisco afirmou que “a evolução na natureza não contrasta com a noção de criação, porque a evolução pressupõe a criação dos seres que evoluem” . Ele e

"A escola perdeu sua função social no Brasil", diz estudioso

Para especialista, missão primordial de transmitir conhecimento vem sendo esmagada pela ideologia que reduz a educação a ferramenta de dominação Bianca Bibiano     João Batista Oliveira: "a função histórica e antropológica da escola é transmitir conhecimento" (Pedro Franca/Agência Camara /VEJA) Pouca gente discorda que é papel da escola transmitir os conhecimentos imprescindíveis ao desenvolvimento do indivíduo e, por tabela, do país. Para o estudioso João Batista Oliveira, contudo, a missão vem sendo esmagada no Brasil por políticas mais interessadas em propagandear números grandiosos e por ideologias cujo interesse passa longe da educação. O resultado é o fracasso do ensino no país. "Perdemos a noção da função social da escola. Ela deixou de ser cobrada pelo cumprimento de suas obrigações essenciais e passou a ser cobrada por milhares de coisas que ela não t

Enem ideológico: o governo que nos (des)educa

  Rodrigo Constantino A prova do Enem neste fim de semana, como de praxe, trouxe questões de cunho ideológico, cuja resposta “correta” deixa transparecer o viés dos formuladores, alinhados com o governo. Demétrio Magnoli comenta o caso em artigo no GLOBO, lembrando que tal prática nos remete ao fascismo, em que cabia ao governo autoritário impor sua visão de mundo aos alunos. Escreve o sociólogo: A propaganda explícita das políticas racialistas é uma marca do Enem. Na prova aplicada anteontem, emerge duas vezes. Por meio da questão 42 (Prova Branca), o jovem candidato é conduzido a aplaudir o Parecer do Conselho Nacional de Educação que instituiu a “Educação das Relações Étnico-Raciais”. A formulação da questão cita um trecho do documento oficial, consagrado a difundir “posturas que eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial” – ou seja, uma pedagogia do “orgulho racial”. Num outro trecho, não citado, o Parecer conclama as escolas a

Estamos acabando com o país

Gustavo Ioschpe   Reunião de pais e mestres: é nela que temos de exigir uma escola sem doutrinação marxista para nossos filhos (Gilberto Tadday/VEJA)   Há algumas semanas, dei uma palestra em um evento sobre educação, organizado por uma grande empresa e sediado em uma escola. Havia muitos educadores e alunos na plateia. Compartilhei alguns dos dados preocupantes sobre o fracasso do nosso sistema educacional. Expus minha oposição ao plano — agora consagrado em lei — de investirmos 10% do PIB em educação, notando que o único país que investe nesses patamares é Cuba. (Não porque aprecie sobremodo a educação, mas porque não tem PIB: qualquer meia dúzia de vinténs já dá 10% do PIB cubano...) Depois da minha fala, vieram as perguntas do público. Sempre que há professores na plateia, estas perguntas se repetem: não é muito simplista/reducionista/alienado falar apenas em qualidade do ensino atr

Os frutos podres da pedagogia de Paulo Freire

Publicado por Jorge Ferraz (admin) . Todos conhecem os vergonhosos índices que a Educação Brasileira vem repetindo, ano após ano, com constância e regularidade perturbadoras (o relatório trianual do PISA ainda não divulgou os dados de 2012, mas nada indica que teremos uma melhora significativa neste ranking ). A percepção generalizada (facilmente alcançável por meio dos assustadores índices de analfabetismo funcional mesmo dos nossos estudantes com nível superior, ou das políticas do Governo Federal de reduzir as taxas de reprovação escolar dos níveis básicos através da simples aprovação indiscriminada de todos os alunos, entre outros exemplos) de que existe algo de muito errado com o sistema educacional brasileiro reveste-se de cores muito vivas para que se possa simplesmente ignorá-la. O que talvez não esteja ainda muito claro para todos é que estes frutos podres que o Brasil vem amargamente colhendo nos últimos anos são decorrência direta de uma conc

Sobre a diferença salarial entre homens e mulheres

por Walter Block , NOTA O Congresso brasileiro aprovou uma lei (ainda a ser sancionada pela presidente) que proíbe empresas de pagar salários menores para as mulheres em relação aos homens.  As empresas que descumprirem esta lei serão multadas.  Segundo o IBGE , As mulheres receberam, em média, 72,3% do salário dos homens em 2011, segundo o estudo 'Mulher no mercado de trabalho: perguntas e respostas', divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. O número repete a proporção encontrada nos levantamentos de 2009 e 2010. O estudo mostrou ainda que a jornada de trabalho das mulheres foi inferior à dos homens. Em 2011, as mulheres trabalharam, em média, 39,2 horas semanais, contra 43,4 horas dos homens, uma diferença de 4,2 horas. Entretanto, segundo o IBGE, 4,8% das mulheres ocupadas em 2011 gostariam de aumentar a carga horária semanal. Observe que não é preciso ser um gênio econô